I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE RESISTENCIA DE ESCHERICHIA COLI RESPONSAVEIS PELA INFECÇAO DO TRATO URINARIO EM INDIVIDUOS ATENDIDOS EM UM LABORATORIO DE ANALISES CLINICAS.

Fundamentação/Introdução

Os agentes etiológicos mais frequentes nas Infecções do Trato Urinário (ITU) são as enterobactérias, sendo a Escherichia coli o principal agente, responsável por mais de 90% dos casos.

Objetivos

Descrever a prevalência de ITU causadas por E.coli em indivíduos atendidos no Laboratório de Análises Clínicas (LAC) e seus perfis de resistências aos antimicrobianos.

Delineamento e Métodos

Foi um estudo do tipo transversal realizado em indivíduos atendidos no LAC a partir de amostragem de conveniência, no período de junho a dezembro de 2018, foram recebidas 35 amostras de urina para urocultura. As amostras de urina foram encaminhadas ao laboratório de microbiologia para a realização da urocultura, e as amostras foram semeadas em placas de petri contendo os meios de cultura Ágar MacConkey e Ágar CLED e levadas à estufa a 37ºC por 24h, e após esse período as placas foram analisadas, observando se houve ou não crescimento bacteriano através da visualização e contagem de colônias. As bactérias Gram negativas foram submetidas à série bioquímica que é utilizada para sua identificação, e os perfis fenotípicos sugestivos de E. coli foram isolados para realização do perfil de resistência através da técnica de disco-difusão segundo Kirby e Bauer, em ágar Müeller Hinton, sendo utilizadas às seguintes classes de antibióticos: Carbapanêmicos, Cefalosporinas de 3ª e 4ª geração, Betalactâmicos, Penicilinas, Quinolonas e Aminoglicosídeos.

Resultados

A média de idade dos indivíduos foi de 45,7 anos, com predominância do sexo feminino de 91,4% (32/35), a prevalência de ITU foi de 20% (7/35), sendo 14,3% (5/7) destes isolados sugestivos de Escherichia coli. Quanto ao perfil de resistência a maioria (60%) dos isolados na amostra populacional apresentou resistência aos antibióticos das classes dos Betalactâmicos (Amoxicilina+Clavulanato) e Quinolonas (Levofloxacin e Ciprofloxacina).

Conclusões/Considerações Finais

A antibioticoprofilaxia associada a urocultura e ao antibiograma traz subsídio para uma melhor conduta terapêutica ,uma vez que no tratamento empírico de ITU não complicadas são utilizados antibióticos que apresentaram ineficácia frente aos isolados de E.coli.

Referências

ACKERMANN, R.J., MONROE, P.W. Bacteremic urinary tract infection in older people. J am Geriatr Soc 44: 927e33, 1996.

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGIL NCIA SANITÁRIA. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção em Serviços de Saúde, 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_microbiologia_completo.pdf>. Acesso em: 30 de julho de 2018.

BAHAGON, Y., RAVEH, D., SCHLESINGER, Y., RUDENSKY, B., YINNON, A.M. Prevalence and predictive features of bacteremic urinary tract infection in emergency department patients. Eur J Clin Microbiol InfectDis 26: 349-352, 2007.

CHANG, S.L., SHORTLIFFE, L.D. Pediatric urinary tract infections. Pediatr Clin North Am 53: 379—400, 2006.

CHU, CHRISTINE M., LOWDER, JL. Diagnosis and treatment of urinary tract infections across age groups. American Journal of Obstetrics & Gynecology, 2017. PMID: 29305250

DOLAN, J.G., BORDLEY, D.R., POLITO, R. Initial management of serious urinary tract infection:epidemiologic guidelines. J Gen Intern Med 4: 190e4, 1989.

FIHN, S.D. Acute uncomplicated urinary tract infection in women. N Engl J Med 349: 259-266, 2003.
FOXMAN, B. Epidemiology of urinary tract infections: Incidence, morbidity, and economic costs. Am J Med. 113-115, 2002.

HONKINEN, O., JAHNUKAINEN, T., MERTSOLA, J., ESKOLA, J., RUUSKANEN, O. Bacteremic urinary tract infection in children. Pediatr Infect Dis J 19: 630e4, 2000.

HOOTON, T.M. Recurrent urinary tract infection in women. Int J Antimicrob Ag 17: 259, 2001.

HOOTON, T.M., STAMM, W.E. Diagnosis and treatment of acute un-complicated urinary tract infection. Infect Dis Clin North Am 11: 551-581,1997.

JARVIS, W.R., MARTONE, W.J. Predominant pathogens in hospital infections. J Antimicrob Chemother 29: 19-24, 1992

KUNIN C. Detection, prevention and management of urinary tract infections. Philadelphia: Lea and Febiger; 1987.

LAUPLAND, K.B., ROSS, T., PITOUT, J.D., CHURCH, D.L., GREGSON, D.B. Community onset urinary tract infections: a population-based assessment. Infection 35: 150e3, 2007.

LITWIN, M.S., SAIGAL, C.S., YANO, E.M., AVILA, C., GESCHWIND, S.A., HANLEY, J.M, etal. Urologic Diseass in America Project: analytical method sand principal findings. J Urol 173: 933-937, 2005.

MITTAL, R., CHHIBBER, S., SHARMA, S., HARJAI, K. Macrophage inflammatoryprotein-2, neutrophil recruitment and bacterial persistence in na experimental mouse model of urinary tract infection. Microbes Infect 6: 1326-1332, 2004.

NICOLLE, L.E. Uncomplicated urinary tract infection in adults including uncomplicated pyelonephritis. Urol Clin North Am 35: 1-12, 2008.

WILLIAMS, D.H., SCHAEFFER, A.J. Current concepts in urinary tract infections. Minerva Urol Nefrol 56: 15-31, 2004.

Palavras-chave

Urocultura, Antibiograma, ITU

Área

Tema livre

Autores

Felipe Alexandre Vinagre da Silva, Leticia de Nazaré Ribeiro Nogueira, Bianca Farias Moraes, Vanessa Joia de Mello, Lucimar Di Paula dos Santos Madeira