I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

PREVALENCIA DE GARDNERELLA VAGINALIS E NEISSERIA GONORRHOEAE EM MULHERES ATENDIDAS NO LABORATORIO DE ANALISES CLINICAS DA CIDADE DE BELEM-PA.

Fundamentação/Introdução

A vaginose bacteriana (VB) é uma das infecções mais comuns do trato genital feminino, acometendo mulheres em idade fértil e sexualmente ativas. A vaginose bacteriana é decorrente da participação de outros microrganismo além da Gardnerella vaginalis.

Objetivos

Descrever a prevalência de G.vaginalis e Neisseria gonorrhoeae em mulheres atendidas em um Laboratório de Análises Clínicas da cidade de Belém-Pa.

Delineamento e Métodos

Tratou-se de um estudo transversal retrospectivo que visou a análise de amostras cérvico vaginal de mulheres atendidas em um laboratório de análises clinicas da cidade de Belém Pará no período de Agosto à Novembro de 2018. As amostra foram obtidas através da realização do exame Papanicolaou e as informações através do questionário sócio-demográfico. Após a coleta, as amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Microbiologia, no qual foi realizada a Bacterioscopia pelo método de coloração de Gram. A Análise estatística foi utilizado os testes Qui-Quadrado, Regressão Logística Simples e Múltipla, com o auxílio do software Bioestat 5.0.

Resultados

Foram analisadas 82 amostras cérvico vaginal das quais 31,71 % (26/82) sugestivo de Microbiota normal, 68,29% (56/82) sugestivo de vaginose bacteriana por G. vaginalis. Não foram encontradas estruturas sugestivas de N. gonorrhoeae. A média de idade das participantes foi de 41 anos, quanto ao grau de escolaridade, a maioria das mulheres que tinham ensino médio apresentaram positividade para G. vaginalis. Quanto a variável parceiro fixo, 53,66% (44/82) relataram não possuir parceiro fixo e 10,98% (9/82) afirmaram que possuem parceiro fixo. A maioria das mulheres solteiras, 58,54% (48/82) apresentaram positividade para G. vaginalis. Quanto ao uso do preservativo 28,05% (23/82) relataram fazer uso nas relações sexuais, 67,07% (55/82), afirmaram não fazer uso de preservativo, e 4 (4,88%) não quiseram responder. Dentre os fatores de risco analisados, o que apresentou resultado estatisticamente significante foi a variável não possui parceiro fixo (Qui-Quadrado p=0,003, Regressão Logística Simples e Múltipla p=0,03).

Conclusões/Considerações Finais

Foi demonstrado que a maior prevalência de G. vaginalis em mulheres que não possuem parceiro fixo, logo a multiplicidade de parceiros durante a vida sexual aumenta a chance de desenvolver a infecção, esse tipo de infecção possui um fator de impacto na saúde reprodutiva das mulheres, tais como infertilidade e abortos espontâneos.

Referências

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Palavras-chave

G.vaginalis, N.gonorrhoeae, Bacterioscopia, Gram.

Área

Tema livre

Instituições

UFPA - Pará - Brasil

Autores

Letícia de Nazaré Ribeiro Nogueira, Antônia Cherlly Aparecida Araújo, Maisa Silva Sousa, Sandra Souza Lima, Lucimar Di Paula dos Santos Madeira