Dados do Trabalho
Título
PREVALENCIA DE INFECÇOES DO TRATO URINARIO E PERFIL DE RESISTENCIA AOS ANTIMICROBIANOS EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATORIO DE ANALISES CLINICAS DE VERANOPOLIS, RS
Fundamentação/Introdução
O sistema urinário está sujeito a infecções oportunistas, que podem ser bastante problemáticas. As infecções do trato urinário (ITUs) consistem na invasão tecidual de qualquer estrutura do trato urinário. A resistência bacteriana tem sido um grande problema de saúde pública, colocando em risco a efetividade de diversos antimicrobianos empregados na prática clínica. O uso indiscriminado destes medicamentos amplia a pressão seletiva e, as chances das bactérias desenvolverem resistência. Diante do exposto, observa-se a importância de delinear o perfil das ITUs na população.
Objetivos
Verificar a prevalência e o perfil de resistência de agentes etiológicos das ITUs em pacientes atendidos em um laboratório de análises clínicas de Veranópolis, RS.
Delineamento e Métodos
Foi realizado um estudo observacional, descritivo e retrospectivo por meio da análise de 3070 laudos de uroculturas em um laboratório de análises clínicas na cidade de Veranópolis no período de 1 junho de 2015 a 30 junho de 2018.
Resultados
Houve crescimento bacteriano em 20,1% das uroculturas analisadas. A Escherichia coli foi a bactéria mais isolada (67%), seguida de Proteus mirabilis (7,1%) e Klebsiella pneumoniae (7%). Uma maior prevalência de ITUs foi verificada no sexo feminino, sendo as pacientes das faixas etárias de 0 a 10 anos e acima de 81 anos as mais acometidas. No que se refere ao sexo masculino, os pacientes com idade de 0 a 10 anos e os de 71 a 80 anos foram os mais acometidos. Verificou-se uma elevada resistência de E. coli à ampicilina (46,49%), seguido de sulfazotrim (30,02%) e Ampicilina+Sulbactam (20,10%). P. mirabilis também apresentou elevada resistência à ampicilina (52,27%), seguido de sulfazotrim (29,55%) e amoxicilina+clavulanato de potássio (29,55%). A K. pneumoniae apresentou maior resistência à ampicilina (100%), sendo esta intrínseca, seguido da nitrofurantoína (69,77%) e cefalexina (44,19%).
Conclusões/Considerações Finais
No presente trabalho, o sexo feminino apresentou maior prevalência de ITUs, com destaque para a faixa etária de 0 a 10 anos. Dentre os microrganismos isolados nas uroculturas, a E. coli foi a mais frequente, seguido por P. mirabilis e K. pneumoniae. No que se refere ao perfil de suscetibilidade, foram observadas altas taxas de resistência aos antimicrobianos de primeira escolha para as três bactérias mais frequentemente isoladas.
Palavras-chave
Infecção urinária, urocultura, resistência bacteriana.
Área
Tema livre
Instituições
Faculdade Cenecista de Bento Gonçalves - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
Alexandre Picolli Gasparin, Otávio von Ameln Lovison, Thaís Dalzochio