Dados do Trabalho

Título

CORRELAÇAO ENTRE DIABETES E HEMOGLOBINA GLICADA EM BANCO DE DADOS DE UM LABORATORIO DO SUL

Fundamentação/Introdução

O Brasil ocupa a quarta posição no ranking de nações com o maior número de adultos com diabetes, 14,3 milhões e, embora pesquisas envolvendo a hemoglobina glicada (HbA1c) tenham sido desenvolvidas no país, as informações da região sul ainda são escassas.

Objetivos

Correlacionar hemoglobina glicada e diabetes, em banco de dados de um laboratório da região sul do Brasil.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo. Analisaram-se os seguintes parâmetros laboratoriais: HbA1c, glicose, triglicerídeos, colesterol total (CT), LDL-colesterol (LDL-C) e HDL-colesterol (LDL-C). Os dados foram analisados utilizando-se dos programas Excel 2013 e SPSS versão 21.0.

Resultados

Dentre os 776 prontuários de pacientes analisados na pesquisa, 477 eram do sexo feminino e 299 do sexo masculino, sendo que 450 apresentaram idade entre 60 e 90 anos. Ao analisar o perfil lipídico, verificou-se que a média geral dos triglicerídeos foi superior ao desejável. Os níveis médios de glicose e os de HbA1c estavam acima do recomendado, mesmo para pacientes diabéticos.
Para as variáveis distribuídas entre os sexos a idade média foi de 60,8 anos para homens e 61,0 anos para mulheres. A glicose, HbA1c e triglicerídeos apresentaram níveis superiores no sexo masculino, enquanto o CT no feminino. Para o estudo de correlações os pacientes foram estratificados por sexo e níveis de HbA1c, representadas por controlada (40,3%) e alterada (59,7%). Os níveis de glicose, HDL-C e triglicerídeos variaram significativamente.

Conclusões/Considerações Finais

Neste estudo foi possível observar uma maior prevalência de pacientes idosos do sexo feminino. Sendo uma análise retrospectiva com informações restritas, não foi possível determinar se havia predominância de DM2 ou se houve neste grupo maior correspondência ao envelhecimento da população brasileira. Nesta amostra verificou-se correlação positiva entre glicose e triglicerídeos, naqueles pacientes com HbA1c alterada, porém não houve associação clara entre HbA1c e perfil lipídico. O estudo foi realizado em uma população limitada compreendendo pacientes que em sua maioria possuíam convênio médico. Um registro mais detalhado da população seria útil para melhor compreensão do perfil epidemiológico de diabetes na região, auxiliando no desenvolvimento de ações de saúde mais direcionadas à realidade do DM no estado do RS.

Palavras-chave

Epidemiologia; Hiperglicemia; HbA1c