I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

UTILIZAÇAO DA TECNICA DE CONSERVAÇAO EM AGUA DESTILADA PARA A PRESERVAÇAO DE CRYPTOCOCCUS SP.

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: A técnica de conservação de fungos em água destilada foi inicialmente descrita por Castellani em 1939 e se trata de uma técnica simples, econômica, capaz de assegurar a viabilidade, estabilidade, pureza e patogenicidade de organismos fúngicos.

Objetivos

Objetivo: Este trabalho teve como objetivo apresentar os resultados da aplicação da técnica de conservação em água destilada por 7 dias utilizando-se como fungo a ser preservado o Cryptococcus sp.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Trata-se de um trabalho realizado no período de dezembro de 2018 a janeiro de 2019 que contou com um levantamento de dados bibliográficos sobre a técnica em dezembro e aplicação da mesma em janeiro, juntamente com a avaliação de seus resultados, utilizando como fungo de interesse a ser preservado o Cryptococcus sp. Esta técnica consiste da inoculação de pequenos fragmentos da colônia fúngica em um frasco contendo 4 ml de água destilada esterilizada, com uma pequena porção do meio com o fungo de interesse (5mm2). Passados 7 dias, foi retirado 0,5 ml da água destilada e semeado em meio de cultura ágar Sabouraud para verificação do crescimento do fungo. Para melhor desenvolvimento da cápsula do fungo, o mesmo foi repicado em ágar feijão da Flórida.

Resultados

Resultados: Foi possível observar que o Cryptococcus sp. apresentou crescimento após ser semeado em ágar Sabouraud, entretanto, foi possível verificar que sua cápsula estava muito reduzida. Isto se deve às sucessivas repicagens do fungos e envelhecimento de sua colônia entre uma repicagem e outra. Após a repicagem para o ágar feijão da Flórida foi possível observar um leve aumento da cápsula do fungo.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões/Considerações finais: Conclui-se que a técnica de conservação de água destilada permitiu com que o fungo fosse conservado pelo período estabelecido. A cápsula do fungo apresentou um leve aumento após este ser repicado no ágar feijão da Flórida. É necessário que haja outros estudos sobre este assunto para se averiguar quantas repicagens serão necessárias para recuperar por completo a cápsula do fungo. Além disso, é importante ressaltar que este período de 7 dias para o semeio do fungo pode ser ampliado, segundo a literatura, em até 20 anos, o que permite que o fungo seja armazenado por um longo período de tempo. Logo, estudos como este devem ser realizados avaliando sua aplicação em períodos maiores do que o apresentado neste estudo.

Referências

GUIMARÃES, L. C. Métodos de preservação de fungos potencialmente toxigênicos. Lavras: Universidade Federal de Lavras, 2011.
DIOGO, H. C; SARPIERI, A; PIRES, M.C. Preservação de fungos em água destilada. São Paulo: Anais Brasileiros de Dermatologia, 2005.
FEITOSA, N. T; SANTOS, F. A; DE SENA, M. V; CARDOSO, A. L. C; DE MELO, D. J. N; SANTOS, S. F. M. Técnicas de conservação de fungos filamentosos produtores de celulases. Fortaleza: XXI Congresso Brasileiro de Engenharia Química, 2016.

Palavras-chave

Micologia. Fungos. Água destilada.

Área

Tema livre

Instituições

Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil

Autores

Luan Filipe de Souza Pereira, Roberto Herik Farias Balieiro, Alana Luanni Messias da Silva, Sonia Irene dos Santos Delgado, Yasmim Lohanna Silva de Moraes