I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

DESAFIOS NO PROGNOSTICO POPULACIONAL DO ADENOCARCINOMA DUCTAL PANCREATICO: DIAGNOSTICO TARDIO E POLITICAS DE SAUDE PUBLICA

Fundamentação/Introdução

O adenocarcinoma ductal pancreático (ADP) é o câncer mais comumente encontrado no pâncreas exócrino, apresenta sobrevida em 5 anos extremamente baixa e nem mais animadora a taxa de ressecabilidade, atrelado a estes dados está o diagnóstico dificilmente feito em fase precoce pela falta de sintomatologia característica.

Objetivos

Elucidar sintomas, taxas de morbimortalidade e sobrevida, meios de diagnóstico, marcadores tumorais, tratamentos e suas complicações.

Delineamento e Métodos

Revisão integrativa da literatura realizada a partir da base de dados do Scientific Eletronic Library (SciELO) e da Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) em língua portuguesa entre os anos de 2002 e 2018, utilizando os descritores “adenocarcinoma” e “pâncreas”.

Resultados

Os maiores riscos de desenvolvimento do ADP estão associados aos fatores genéticos, ao hábito tabágico, à obesidade combinada com o sedentarismo e às alimentações ricas em gordura com alto teor de colesterol. A taxa de sobrevida em 5 anos pode variar entre 20% e 2%, de acordo com o estadiamento da doença, sendo que – para o diagnóstico desse – tem-se a tomografia computadorizada como principal ferramenta. O marcador tumoral sorológico CA 19.9 mostra-se eficiente para avaliar a recidiva assintomática, embora sua especificidade e sensibilidade não sejam elevadas. O único tratamento potencialmente curativo é a ressecção cirúrgica realizada por procedimentos como a Operação de Appleby e Cirurgia de Whipple, podendo apresentar complicações como fístulas pancreáticas e complicações respiratórias e cardiológicas. Neste presente trabalho foram incluídos 15 artigos.

Conclusões/Considerações Finais

Indubitavelmente o diagnóstico de ADP em fase inicial continua sendo um desafio para os profissionais da saúde, contudo, a identificação de populações de risco para o desenvolvimento de ADP torna o diagnóstico mais ágil, gerando aumento da sobrevida, diminuindo a letalidade, além de multiplicar a promoção da saúde. Devido à constante elevação da obesidade e do sedentarismo juvenil, o ADP tornar-se-á uma doença mais precoce e aumentará os seus índices de acometimento, sendo decisiva a estimulação de pesquisas mais aprofundadas para auxiliar na detecção precoce e esclarecer o seu desenvolvimento biológico. Ademais, a mudança no estilo de vida da população, principalmente no ocidente, torna-se medida imperativa no freio da prevalência de ADP, sendo que ações em saúde pública possuem uma ação arrebatadora neste ínterim.

Referências

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Palavras-chave

adenocarcinoma ductal pancreático, diagnóstico, marcadores tumorais.

Área

Tema livre

Instituições

Centro Universitário Ritter dos Reis - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Millena Rossato Tosta, Adroaldo Lunardelli