Dados do Trabalho
Título
FATORES DE RISCO E PERFIL SOCIOECONOMICO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG)
Fundamentação/Introdução
A prevalência de DMG varia de 3% a 7% dependendo da população estudada e do critério diagnóstico utilizado. O papel do biomédico e demais profissionais responsáveis pela realização da Glicose de Jejum (GJ) e do Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) é de extrema importância para identificar as gestantes com essa comorbidade.
Objetivos
Verificar a prevalência de gestantes com DMG atendidas em um hospital de referência localizado no sul do Brasil, além de relacionar a frequência do DMG com diferentes fatores de risco, observar possíveis consequências maternas e fetais relacionadas ao DMG e verificar suas características epidemiológicas e socioeconômicas.
Delineamento e Métodos
Estudo observacional, epidemiológico com delineamento transversal, quantitativo, realizado em um hospital do sul de Santa Catarina. Foram incluídas no estudo gestantes que aceitaram participar entre junho a setembro de 2017. Os dados clínicos, socioeconômicos e os resultados dos exames de GJ e TOTG foram coletados através carteirinhas de pré-natal. Além disso, através de um questionário semiestruturado composto de perguntas abertas e fechadas as gestantes foram entrevistadas. O questionário contemplava perguntas relacionadas aos dados da mãe, dados socioeconômicos, hábitos de vida, características clinicas.Para analisar a associação entre a variável de desfecho (DMG) e as variáveis de exposição (perfil dos entrevistados) foi adotado o teste do Qui-quadrado. O nível de significância pré-estabelecido foi de 95%.
Resultados
Foram entrevistadas 201 gestantes, sendo que oito (4%) obtiveram o diagnóstico de DMG. A média de idade das pacientes entrevistadas foi de 26 anos. 167 (83,1%) das mulheres eram brancas, sendo que a maioria 124 (61,7%) não praticava atividade física e 144 (71,6%) eram atendidas apenas pelo Sistema Único de Saúde. O fator de risco que mostrou associação com DMG foi a presença de alguma doença crônica (p=0,048). Os valores de GJ e TOTG variaram entre as pacientes de acordo com o trimestre de gestação, sendo o maior valor de GJ encontrado em uma gestante no 1º trimestre foi 122 mg/dl, no 2º trimestre foi 95 mg/dl e no 3º trimestre foi 104 mg/dl. Quanto aos maiores resultados encontrados de TOTG, respeitando a ordem dos trimestres, foram os seguintes: 183, 149 e 200 mg/dl.
Conclusões/Considerações Finais
A realização dos exames GJ e TOTG durante o pré-natal permite a identificação do DMG. Desta forma, as gestantes possuem um recurso para identificação, prevenção e tratamento.
Palavras-chave
diabetes gestacional; fatores de risco; glicemia; epidemiologia
Área
Tema livre
Instituições
Universidade do Sul de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil
Autores
Cássia Tasca Fortuna, Diego Zapelini Nascimento, Gabriela Moreno Marques, Renan Zapelini Nascimento