Dados do Trabalho

Título

ALTERAÇAO DOS VALORES DE GAMAGLUTAMILTRANSFERASE (GGT), TRANSAMINASE GLUTAMICO-OXALACETICA (TGO) E TRANSAMINASE GLUTAMICO-PIRUVICA (TGP) APOS O INICIO DO USO DE ACIDO VALPROICO.

Fundamentação/Introdução

O Ácido Valpróico pode apresentar risco de dano hepático. A lesão hepática induzida por drogas é a principal causa de insuficiência hepática aguda nos Estados Unidos da América e a razão mais comum para as ações reguladoras da Food and Drugs Administration (FDA) em relação aos medicamentos aprovados.

Objetivos

Acompanhar e intervir dentro das práticas biomédicas e farmacêuticas, a paciente de 36 anos, que durante o acompanhamento farmacoterapêutico foi identificada com hepatotoxicidade induzida por Ácido Valpróico, além de necessidades de cuidados de saúde.

Descrição do Caso

Relato de caso de paciente do sexo feminino, 36 anos, acompanhada pelo Serviço de Atenção Farmacêutica (SAF) do curso de Farmácia, localizado dentro da policlínica da Universidade, desde março de 2009. Paciente com Transtorno Bipolar. O relato foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob nº 1.864.105. A paciente aceitou a divulgação do caso, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram coletados e analisados a partir da ficha de registro. Paciente tem o ensino médio, classe econômica B2, e e técnica em enfermagem não atuante. Histórico familiar de depressão, consultas com 14 psiquiatras e uma internação em casa de saúde. No atendimento, a paciente relatou problemas de ansiedade, insônia, vômito, dispepsia, constipação e ganho de peso de 40 quilos após iniciar uso do Ácido Valpróico. Exames laboratoriais detectaram alterações nos valores de gamaglutamiltransferase (GGT), transaminase glutâmico-oxalacética (TGO) e transaminase glutâmico-pirúvica (TGP). As intervenções do SAF incluíram cartas de orientação aos médicos para retirada de medicamentos com potencial hepatotóxico, além de sugestão de uso do fitoterápico Silybum marianum devido ao seu potencial hepatoprotetor. Foi encaminhada para consulta médica em especialista e incentivada adoção de medidas não farmacológicas como a psicoterapia e atividades em grupo. Além disso, foi realizada notificação no sistema da ANVISA.

Conclusões/Considerações Finais

No 1º encontro a paciente estava em uso de dez medicamentos, demonstrando instabilidade emocional e angústia pela evolução do problema. No transcorrer do acompanhamento foi observada a suspeita de hepatotoxidade pelo uso do Ácido Valpróico. Medidas de intervenção foram realizadas pelo SAF junto à equipe de saúde para auxiliar a paciente. Atualmente, as alterações hepáticas apresentaram acentuada redução e a paciente sente-se bem utilizando o fitoterápico Silybum marianum.

Palavras Chave

Segurança do paciente; uso de medicamentos; atenção farmacêutica; efeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentos; hepatotoxicidade.