Dados do Trabalho
Título
ANALISE PARASITOLOGICA DA AREIA DE PRAIAS E PRAÇAS DE CIDADES DO LITORAL NORTE DO RIO GRANDE DO SUL
Fundamentação/Introdução
As parasitoses constituem ainda um problema de saúde pública mundial. Infecções parasitarias são mais prevalentes em regiões de clima quente e úmido, sendo transmitidas por via oral passiva, vinculada a áreas com más condições de higiene e falta de tratamento de água e esgoto. A transmissão destes parasitas pode ainda ser facilitada através do contato interpessoal proporcionado por ambientes de uso coletivo.
Objetivos
Avaliar a prevalência de parasitas em areia de praias e praças de cidades do litoral norte do Rio Grande do Sul.
Delineamento e Métodos
Foram coletas 20 amostras de areia das praias e 6 amostras de areia de praças das cidades de Tramandaí, Torres, Capão da Canoa, Xandri-lá e Arroio do Sal. Para cada local de coleta, foi obtido amostras superficiais e com 10cm de profundidade. Além disso, nas amostras de areia das praias foram coletadas amostras 1 metro e 1 km de distância das saídas de esgoto. As amostras foram armazenadas em potes estéreis, fechados até o momento da análise. Foi utilizada a técnica de sedimentação espontânea por 24h. após as amostras foram analisadas por microscopia óptica.
Resultados
Ao total foram analisadas 26 amostras de areia de praias e praças, destas 69,2% foram positivas para um ou mais parasitas. As amostras de praças apresentam 100% de positividade. Os parasitas encontrados foram Balantidium coli (50%), Ancilostomideo (33,3%), Ascaris lumbricoides (16,7%) e Strongyloides stercoralis (16,7%). Para as amostras de areia das praias foi observado 60% de positividade. Quando comparamos as amostras coletadas próximas as saídas de esgoto, observamos 50% de positividade, enquanto que as amostras coletas a 1km de distância obtiveram 70%. Além disso, podemos verificar que não houve diferença de positividade para amostras coletas na superfície e 10cm de profundidade, ambas apresentaram 60%. A prevalência de parasitas observados nas amostras de areia das praias foram 25% Strongyldes stercoralis, 20% Ancilostomideo, 15% Balantidium coli e 5% Entamoeba histolytica/dispar. Quando comparamos as cidades de Tramandaí, Torres, Capão da Canoa, Xangri-lá e Arroio do Sal pela presença de parasitas nas areias, obtivemos 83,3%, 80%, 100%, 60% e 60% de positividade respectivamente.
Conclusões/Considerações Finais
Os resultados mostram que há presença de parasitas nas praias analisadas do litoral norte do Rio Grande de Sul, revelando a necessidade de melhorias nas condições de saneamento básico, além de medidas profiláticas e educação sanitária nestes locais.
Referências
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Palavras-chave
Enteroparasitas. Contaminação das areias. Saúde pública. Praias.
Área
Tema livre
Autores
Guilherme Nervo Paim, Bruna Rodrigues Silva Damin, Luana Krindges, Niara Silva Medeiros