Dados do Trabalho
Título
PRIMEIRO CASO DIAGNOSTICADO DE MONKEYPOX EM CUIABA/MT
Introdução
Em 23 de julho de 2022 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou cenário de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional devido ao aumento de casos de Monkeypox em vários países. Em Julho de 2022, o Ministério da Saúde ativou o Centro de Emergência em Saúde Pública a fim de organizar a atuação do SUS em resposta a doença no Brasil.
Objetivos
Relatar o primeiro caso de Monkeypox diagnosticado no estado de Mato Grosso e suas correlações clínicas.
Descrição do caso
Neste relato de caso apresentamos o paciente H.A.O, 34 anos, com história de viagem ao Rio de Janeiro no mês de julho de 2022 e exposição sexual ocasional durante sua estadia. Em 13 de julho, já em Cuiabá, apresentou pico febril isolado e astenia, no dia seguinte observou surgimento de lesões dolorosas em borda anal. No dia 20 buscou atendimento com infectologista, quando apresentava lesão ulcerada rasa em região de borda anal, extremamente dolorosa á palpação e inúmeras lesões com umbilicação central distribuídas em toda região de borda anal. Trazia exames com sorologia positiva para HIV. Nos dias subsequentes evoluiu com piora de dor e aumento de lesões ulcerada, diante disso foi levantada a hipótese de infecção por Monkeypox e acionada a vigilância epidemiológica para investigação do caso. No dia 27 de julho em consultório paciente apresentava ulceração de todas as lesões de borda anal e de pele adjacente, apresentando ainda surgimento de lesões em face com umbilicação central. Devido infecção secundaria em lesão de borda anal foi prescrito Ciprofloxacino + Clindamicina, otimizado analgesia e orientado isolamento. Exames laboratoriais de 20/07 com CD4: 54,24 – 6,78%, CD8:503,92 – 62,99%, CD4/CD8: 0,11, Carga viral: 2.890.000 e sorologia positiva para Sifilis. Em 04 de agosto saiu o resultado de PCR positivo para Monkeypox. Em 10 de agosto paciente comparece em consultório no 28° dia de evolução de doença apresentando fácies de dor, andando com dificuldade e com aumento expressivo de número de lesões em face, couro cabeludo, glúteos e membros inferiores em vários estágios de evolução.
Conclusões
Diante da evolução clinica desfavorável foi orientado internação para controle de dor, tratamento de quadro infeccioso e início de terapia antiviral com Tecovirimat. Permaneceu internado durante 10 dias, no dia 18 de agosto apresentou melhora clínica, lesões de pele já com queda de crostas e com descamação, sem surgimento de novas lesões há 3 dias, associado a melhora da dor, tendo recebido alta dois dias após.
Palavras Chave
monkeypox; imunossupressão; lesões.
Área
Trabalho
Autores
MONICA GABRIELLA TOLEDO VEZARO, STTEFFANY FENANDES BRITO, KADJA LEITE, KIMBERLY SCOPEL, SHAYERA MIRANDA