Dados do Trabalho
Título
A IMPORTANCIA DOS EXAMES DE IMAGEM PARA ELUCIDAÇAO DIAGNOSTICA NA SUSPEITA DE NEUROTOXOPLASMOSE E LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA EM PORTADORES DE SINDROME DE IMUNODEFICIENCIA ADQUIRIDA (AIDS)
Introdução
A neurotoxoplasmose é a principal causa de lesão com efeito de massa no sistema nervoso central em pacientes portadores de AIDS. A manifestação mais comum é de déficit motor focal, geralmente hemiparesia ou hipoestesia, que se instala no decorrer de dias, ou ainda de forma súbita. Já a leucoencefalopatia multifocal progressiva é uma doença neurológica rara e fatal de adultos causada pela infecção oportunista do vírus JC no SNC causando desmielinização progressiva.
Objetivos
Ressaltar a importância da ressonância nuclear magnética de crânio (RNM) como ferramenta principal para o diagnostico definitivo de afecções do SNC em pacientes portadores de HIV com alterações neurológicas.
Descrição do caso
Homem 53 anos, deu entrada no serviço de saúde devido a quadro de hemiplegia pura à esquerda com evolução de 10 dias. Em tratamento para tuberculose em etapa de manutenção com uso de rifampicina e isoniazida e tratamento de HIV em uso de TARV (Efavirenz, lamivudina e tenofovir). Apresentava dosagem de linfócitos T CD4 de 168 celulas/uL. Realizado Tomografia de crânio que não apresentou alterações significativas. Solicitado então uma RNM de crânio para definição diagnóstica, tendo como hipótese diagnóstica neurotoxoplasmose e leucoencefalopatia multifocal progressiva, na qual se evidenciou múltiplas lesões (ao menos 15) com alto sinal em T2/FLAIR, apresentando edema ao redor e algumas com leve realce de aspecto anelar pelo meio de contraste, esparsas pelo encéfalo (hemisfério cerebral, cerebelo, tronco cerebral e tálamos bilateralmente), sendo a maior lesão no tálamo direito medindo cerca de 35 x 25 mm, incluindo o edema e múltiplas lesões esparsas pelo encéfalo suspeitas para neuroinfecção oportunista, sendo a principal hipótese diagnostica neurotoxoplasma. Confirmado a hipótese diagnostica de neurotoxoplasmose, iniciou-se o tratamento medicamentoso intra-hospitalar conforme protocolo do ministério da saúde, recebendo alta com estabilidade clínica e laboratorial em uso dos esquemas terapêuticos para seguimento ambulatorial e monitorização periódica de função hepática e renal.
Conclusões
Ressaltamos a importância da definição diagnostica e a diferenciação clinica e radiológica entre neurotoxoplasmose e LEMP, visto que são duas doenças consideradas definidoras de AIDS com tratamentos completamente diferentes, tendo a neurotoxoplasmose um desfecho clinico favorável para o paciente.
Palavras Chave
neurotoxoplasmose, ressonância magnética, AIDS
Área
Trabalho
Autores
SHEYLA EVELYN VERA QUEVEDO, CAMILA RONCHINI MONTALVAO, CARLA ANDRESSA DAL PONTE, RAPHAEL CHALBAUD BISCAIA HARTMANN