Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO EPIDEMIOLOGICA DAS HOSPITALIZAÇOES E MORTALIDADE POR INSUFICIENCIA CARDIACA NO ESTADO DE SAO PAULO NO PERIODO DE 2012-2021

Introdução

A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença crônica conceituada como a incapacidade cardíaca de suprir as demandas metabólicas do corpo e associada a altas taxas de internações e morbimortalidade.

Objetivos

Avaliar as internações e mortalidade por IC no Estado de São Paulo no período de 2012 a 2021, segundo as variáveis idade, gênero, óbito, etnia, valor total gasto e tempo médio de permanência das internações.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, onde buscou-se dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) na seção de informações de saúde do Tabulador Genérico do Domínio Público (TABNET). Utilizando-se dados referentes a IC.

Resultados

Encontrou-se 404.582 internações, no período e Estado citado, sendo mais de 73,40% das hospitalizações ocorreram em pacientes a partir dos 60 anos de idade, tendo a faixa etária entre 70 a 79 anos o maior número de internações e a faixa etária entre 5 a 9 anos, o menor número. De todas as internações, 50,47% eram homens e 49,53% mulheres. Com relação à variável óbito, 26.720 foram homens, enquanto foram 28.580 mulheres. Além disso, a taxa de mortalidade de homens foi de 13,08%, enquanto as mulheres apresentaram maior taxa de mortalidade sendo 14,26%. Observou-se maior número de internações da etnia branca, seguida por aqueles não tinha informação quanto a etnia, pardos, negros, amarelos e indígenas. O valor total gasto em internações foi de 707.537655,59 milhões de reais aos cofres públicos, tendo homens correspondendo à 52,90% dos gastos. Em relação ao tempo médio de hospitalização, tem-se que pacientes menores de 1 ano ficaram em média 14,5 dias internados. Observou-se uma queda no número de internações a partir de 2014 a 2015, no entanto a taxa de mortalidade vem aumentando: 2014 a 1015 12,77%; 2016 a 2017 13,92%; 2018 a 2019 13,93% e 2020 a 2021 15,77%, mesmo com diminuição do número de internações.

Conclusões

Conclui-se que a idade mais prevalente de internações ocorreu entre 70 e 79 anos, sendo o maior número de internações constituídos por homens, embora avaliou-se que mulheres apresentaram maior taxa de mortalidade. Além disso, observou-se aumento da taxa de mortalidade a partir de 2014, apesar de que em 2020 deu-se início a pandemia pela COVID. Deve-se considerar como entrave a confiabilidade das informações exibidas pelo DATASUS a qual é limitada pelo nível de acurácia e de completitude das Autorização de Internação Hospitalar atestadas.

Palavras Chave

Insuficiência Cardíaca, mortalidade, internação

Área

Trabalho

Autores

WELLINGHTON COELHO DIAS, RAFAEL RAFAINI LLORET