Dados do Trabalho
Título
LEUCEMIA DE CELULAS PLASMATICAS: UM RELATO DE CASO
Introdução
Introdução: A leucemia de células plasmáticas (LCP) é a neoplasia plasmocitária de pior prognóstico. Em 60% dos casos a doença é primária, e no restante é secundária à transformação leucêmica do mieloma múltiplo, recidivado ou refratário. O diagnóstico é dado pela presença de mais de 20% de plasmócitos no sangue periférico ou contagem total de plasmócitos superior a 2000 μ/L, com imunofenotipagem demonstrando clonalidade.
Objetivos
Objetivos: Relatar um caso clínico de paciente com leucemia de células plasmáticas secundário à mieloma múltiplo refratário.
Descrição do caso
Descrição do caso: R. A. J., sexo masculino, 54 anos, interna para investigar quadro de lombalgia e astenia há 3 meses, com piora progressiva. Realizou tomografia computadorizada (TC) de abdômen e pelve, que evidenciou múltiplas lesões ósseas líticas. A eletroforese de proteínas séricas demonstrou pico monoclonal da fração imunoglobulina A/lambda e o mielograma exibiu 26% de plasmócitos monoclonais, sendo dado o diagnóstico de mieloma múltiplo. Iniciou tratamento quimioterápico com Bortezomibe + Ciclofosfamida + Dexametasona e encontrava-se em programação de transplante de medula óssea (TMO) autólogo. Obteve boa resposta nos quatro primeiros meses, quando apresentou retorno da lombalgia, prostração e hiporexia. Exames ambulatoriais revelaram disfunção renal com proteinúria de 11g, além de pancitopenia e hipercalcemia. Foram identificados 53% de plasmócitos em sangue periférico, com imunofenotipagem confirmando a presença de plasmócitos clonais, sendo assim estabelecida a evolução da doença para LCP. O paciente foi então admitido para protocolo de resgate com KD-PACE (Carfilzomibe + Dexametasona + Talidomida + Cisplatina + Doxorrubicina + Ciclofosfamida + Etoposide). Durante o primeiro ciclo de quimioterapia, evoluiu com síndrome de lise tumoral e neutropenia febril, porém mantendo estabilidade hemodinâmica e bom estado geral. Encontra-se atualmente em programação para TMO autólogo.
Conclusões
Conclusões: Quadros de LCP secundária, como visto nesse caso, costumam ser agressivos e apresentar baixa resposta aos esquemas quimioterápicos, com sobrevida média de 18 a 20 meses. Assim, torna-se imprescindível o conhecimento a respeito de seu diagnóstico e manejo de suas complicações, visando a uma melhor qualidade de vida e aumento da sobrevida do paciente.
Palavras Chave
Leucemia de células plasmáticas, Mieloma múltiplo
Área
Trabalho
Autores
DIANA OLIVEIRA BUCHSBAUM, THAISA RODRIGUES GARCIA, CAIO OLIVEIRA FIGUEIREDO, MONICA AMORIM OLIVEIRA, FLAVIA MORAES PEDRO MOISÉS