Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO EPIDEMIOLOGICA DAS HOSPITALIZAÇOES E MORTALIDADE POR INSUFICIENCIA CARDIACA EM OSASCO-SP NO PERIODO DE 2012-2021

Introdução

A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome associada a elevadas taxas de internação e morbimortalidade.

Objetivos

Avaliar as internações e mortalidade por IC na cidade de Osasco no período de 2012 a 2021, segundo as variáveis idade, gênero, óbito, etnia, valor total gasto e tempo médio de permanência das internações.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, onde buscou-se dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) na seção de informações de saúde do Tabulador Genérico do Domínio Público (TABNET). Utilizando-se dados referentes a IC.

Resultados

Encontrou-se 3.730 internações, no período e cidade especificada, sendo mais de 71% das hospitalizações ocorridas em pacientes com idade superior a 60 anos de idade, tendo a faixa etária entre 60 a 69 anos o maior número de internações (25,89%) do total. O gênero masculino apresentou um maior número de internações (53,65% eram homens). Com relação à variável óbito, 51,06% foram homens, enquanto 48,93% foram mulheres. Em relação a divisão por gênero, a taxa de mortalidade nos homens foi 15,64% e nas mulheres 17,35%. Avaliamos que os pacientes com IC ficaram em média 8,1 dias internados. O valor total gasto em internações foi de 4.477.131,63 milhões de reais aos cofres públicos, tendo homens correspondendo a 53,88% dos gastos. Observamos um aumento na
mortalidade com o decorrer dos anos apesar do advento de novos tratamentos, sendo que em 2020/2021 a mortalidade foi de 22,5%. Em nossa avaliação, não foi possível avaliar a interferência da pandemia no aumento dessas taxas.

Conclusões

Na população estudada, pudemos concluir que a população com idade superior a 60 anos teve uma maior taxa de internações, principalmente nos pacientes do sexo masculino. A mortalidade aumentou no decorrer dos últimos anos, porém nesse período tivemos o início da pandemia pela COVID. Acreditamos que a falta de seguimento ao atendimento médico ambulatorial associado ao fato do maior risco promovido pela doença possam ter contribuído para tal aumento. É necessário uma melhor análise da população para estabelecermos um perfil clínico mais apurado da população com IC no município estudado.

Palavras Chave

Insuficiência Cardíaca, mortalidade, internação

Área

Trabalho

Autores

WELLINGHTON COELHO DIAS, RAFAEL RAFAINI LLORET, LEONARDO NUNES SILVA CRUZ