Dados do Trabalho

Título

INTERNAÇOES POR NEOPLASIA MALIGNA DO FIGADO E VIAS BILIARES INTRA-HEPATICAS NAS REGIOES DO BRASIL

Introdução

A neoplasia de fígado e vias biliares intra-hepática é a sétima mais incidente e representa a segunda maior causa de morte por câncer no mundo. As regiões mais incidentes da doença estão entre os países pobres e em desenvolvimento, onde cerca de 90% dos casos com destaque para a Ásia e a África Subsaariana. No Brasil, percebe-se uma prevalência de 60% dos casos entre o sexo masculino e 40% no sexo feminino. Possui principais fatores de risco como a hepatite crônica, principalmente provocada pelo vírus B (VHB) e C (VHC), exposição a aflatoxina, consumo de álcool.

Objetivos

Neste contexto a presente pesquisa teve por objetivo descrever o perfil epidemiológico de internações por neoplasia maligna do fígado e vias biliares intra-hepáticas nas diversas regiões do Brasil, de acordo com o Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), durante o período de Março de 2020 a Março de 2021.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, quantitativo, com dados secundários temporais coletados da base de dados TABNET/DATASUS no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). As variáveis analisadas foram as regiões do Brasil e o período de Março de 2020 a Março de 2021. Após a coleta, os dados passaram por análise estatística descritiva.

Resultados

Foram notificados no período do estudo 10.929 internações por neoplasia maligna do fígado e vias biliares intra-hepáticas em todo o Brasil. A região com maiores taxas foi a Sudeste, com 4.964 casos, representando 45,42% de toda a amostra. Em seguida vem a região Sul, com 2.582 casos, representando 23,62%. Nas outras regiões tiveram as seguintes taxas: região Nordeste tiveram 2.338 casos, representando 21,39%, região Centro-Oeste com 722 casos, representando 6,60% e a região Norte com 323 casos, representando 2,95%.

Conclusões

Pode-se concluir que a região Sudeste apresenta uma maior taxa de internações por neoplasia maligna do fígado e vias biliares intra-hepáticas. Tal fato pode estar atrelado a exposição aos fatores de risco que podem desencadear a enfermidade. Vale ressaltar a importância de se realizar o rastreamento precoce dessa patologia, bem como o fortalecimento de ações preventivas, a fim de atenuar a morbidade e ainda gerar qualidade de vida aos pacientes.

Palavras Chave

neoplasias hepáticas, neoplasias dos ductos biliares, hospitalização