Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DE OBITOS POR NEOPLASIA MALIGNA DO ESTOMAGO DE ACORDO COM O DATASUS

Introdução

O câncer do estômago é a segunda causa de óbitos por câncer no mundo. A maior prevalência é no sexo masculino. Embora a sua incidência de câncer seja maior em países mais ricos, a mortalidade é proporcionalmente maior naqueles países menos desenvolvidos. Isto reflete principalmente das dificuldades de acesso aos serviços de saúde, o que retarda o diagnóstico e tratamento precoce. Além disso, pode-se observar uma redução de sua incidência devido a uma menor exposição aos fatores de risco. O principal agente causal é a Helicobacter pylori, bactéria carcinogênica, que desencadeia o câncer de estômago. Outras causas que podem ser destacadas são dietas ricas em sal, nitrito, nitrato e carboidrato, e pobres em vitaminas A, C e E, além da alta ingestão de bebidas alcoólicas e uso de tabaco. Dessa maneira, o conhecimento acerca da incidência e mortalidade das neoplasias, tem o intuito de apoiar as estruturas de políticas públicas que objetivem o diagnóstico precoce e tratamento adequado dessas enfermidades, bem como de suas comorbidades associadas.

Objetivos

Neste contexto a presente pesquisa teve por objetivo descrever o perfil epidemiológico da mortalidade por neoplasia maligna do estômago nas diversas regiões do Brasil, de acordo com o Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), durante os anos de 2015 a 2019.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, quantitativo, com dados secundários temporais coletados da base de dados TABNET/DATASUS no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). As variáveis analisadas foram as regiões do Brasil e o período de 2015 a 2019. Após a coleta, os dados passaram por análise estatística descritiva.

Resultados

Foram notificados no período do estudo 73.103 mortes por neoplasia maligna do estômago em todo o Brasil. A região com maiores taxas foi a Sudeste, com 33.161 casos, representando 45,36% de toda a amostra. Em seguida vem a região Nordeste, com 17.079 casos, representando 23,36%.

Conclusões

Pode-se concluir que a região Sudeste apresenta uma maior taxa de mortalidade por neoplasia maligna do estômago. Tal fato pode estar atrelado a exposição aos fatores de risco que podem desencadear a enfermidade. Com isso, destaca-se a importância de realizar o rastreamento precoce dessa patologia, bem como o fortalecimento de ações preventivas, a fim de atenuar a morbimortalidade e ainda gerar qualidade de vida aos pacientes.

Palavras Chave

epidemiologia, neoplasia maligna do estômago, óbitos

Área

Trabalho

Instituições

Hospital Municipal Dr. Lauro Roberto Fogaça - São Paulo - Brasil, Instituto Moriah - São Paulo - Brasil, Universidade Brasil - São Paulo - Brasil, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - Mato Grosso do Sul - Brasil

Autores

TALITA COSTA BARBOSA, LINDEMBERG BARBOSA JÚNIOR, LEANDRO SANTOS PEREIRA, FÁBIO MONTEIRO MORAIS, LILIANA DE SOUSA GONZAGA