XII Congresso Brasileiro de Regulação e 6ª Expo ABAR

Dados do Trabalho


Título

ANALISE DE NIVEIS DE TRIHALOMETANOS NA AGUA DISTRIBUIDA NA CAPITAL SERGIPANA

Resumo

O Anexo XX da Portaria de Consolidação nº 5 do Ministério da Saúde (MS) de 03 de outubro de 2017, recém alterada pela portaria nº 888 do MS de 04 de maio de 2021, define os procedimentos que devem ser adotados para controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Sergipe – AGRESE, por sua vez, por meio da Câmara Técnica de Saneamento, CAMSAN, vêm realizando o acompanhamento dos níveis de trihalometanos na água distribuída à população, a fim de garantir a qualidade do produto final colocado à disposição do usuário, esteja dentro dos padrões estabelecidos na referida portaria. Para tal, iniciou-se uma análise partindo de dados históricos, com intuito de observar fatores que podem acarretar mudanças no perfil da qualidade da água. Verificou-se que há uma ampla variação na concentração dos THM’s ao longo do ano, sendo o mais alto nível observado nos meses de fevereiro, maio e setembro de 2020. Este estudo aponta que o fator sazonalidade tem forte influência nos dados apresentados, o que possibilita a AGRESE normatizar de forma mais abrangente.

Palavras Chave

Subprodutos. Fiscalização. Parâmetros. Qualidade.

Introdução/Objetivos

O acesso a água é um direito fundamental e, comprovadamente, uma necessidade primordial à vida logo, quando destinada ao consumo deve ser não apenas isenta de substâncias nocivas, mas também ter uma composição benéfica à saúde (KWARCIAK-KOZŁOWSKA, 2020; DUBEY et. al, 2020).
Nesse sentido, o processo de desinfecção da água é fundamental para manter a alta qualidade microbiana da água potável que será distribuída à população, visto que inativa os organismos causadores de doenças e reduz efetivamente as doenças transmitidas pela água garantindo, assim, o consumo seguro. Entretanto, uma reação química não intencional que ocorre entre o desinfetante utilizado, cloro, e os precursores, sejam orgânicos ou inorgânicos de ocorrência natural, resulta na formação de uma série de subprodutos secundários, entre eles os trihalometanos (THM’s). Nesse sentido, devido aos potenciais efeitos adversos à saúde, os quais incluem indução de câncer a defeitos congênitos, etc., causados por esses subprodutos, estes têm recebido grande atenção por parte dos órgãos de regulamentação (KWARCIAK-KOZŁOWSKA, 2020; SILVA e DE MELO, 2015).
Assim, nesse trabalho foi feito o monitoramento no período de novembro de 2019 à fevereiro de 2021, via análise dos relatórios trimestrais enviados pela concessionária, a fim de identificar a concentração de trihalometanos presentes na água que é distribuída na capital sergipana. Foram selecionados pontos aleatórios, a fim de que fosse possível ter um panorama geral da água distribuída a população aracajuana.

Metodologia

Neste trabalho foram considerados os resultados das análises realizadas por laboratório externo que presta serviço à Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO. Os resultados são enviados pela companhia a AGRESE, trimestralmente, a fim de que esta agência consiga acompanhar a qualidade da água que está sendo distribuída à população atendida pela DESO.
O período analisado para confecção deste trabalho foi de novembro de 2019 à fevereiro de 2021, em quatros ponto diferentes, sendo um na saída da estação de tratamento, denominada ETA 1 e outros três pontos de distribuição abastecidos por essa estação. A escolha do período de amostragem se deu em virtude da possibilidade de analisar a qualidade da água em um período pré-pandêmico, mês de novembro e fevereiro de 2019, e pandêmico, meses posteriores. Quanto aos pontos abastecidos, foram selecionadas algumas localidades aqui denominadas de PC1, PC2 e PC3.
Os resultados obtidos das análises foram observados em relação ao Anexo XX da Portaria de Consolidação nº 5 do MS de 03 de outubro de 2017, recém alterada pela Portaria nº 888 do MS de 04 de maio de 2021, referente ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade para comprovar a sua compatibilidade com a legislação.

Resultados e Discussão

Neste trabalho foram considerados os resultados das análises realizadas por laboratório externo que presta serviço à Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO. Os resultados são enviados pela companhia a AGRESE, trimestralmente, a fim de que esta agência consiga acompanhar a qualidade da água que está sendo distribuída à população atendida pela DESO.
O período analisado para confecção deste trabalho foi de novembro de 2019 à fevereiro de 2021, em quatros ponto diferentes, sendo um na saída da estação de tratamento, denominada ETA 1 e outros três pontos de distribuição abastecidos por essa estação. A escolha do período de amostragem se deu em virtude da possibilidade de analisar a qualidade da água em um período pré-pandêmico, mês de novembro e fevereiro de 2019, e pandêmico, meses posteriores. Quanto aos pontos abastecidos, foram selecionadas algumas localidades aqui denominadas de PC1, PC2 e PC3.
Os resultados obtidos das análises foram observados em relação ao Anexo XX da Portaria de Consolidação nº 5 do MS de 03 de outubro de 2017, recém alterada pela Portaria nº 888 do MS de 04 de maio de 2021, referente ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade para comprovar a sua compatibilidade com a legislação.

Conclusão

O presente trabalho, apresenta dados de análise do THM enviados pela Companhia de Saneamento de Sergipe, que, se não controlados podem vir causar danos aos usuários do sistema de bastecimento de água da capital sergipana.
A Agrese iniciou a análise partindo de dados históricos, com intuito de observar fatores que podem
acarretar em mudanças no perfil da qualidade da água, como sazonalidade, intemperismo, sólidos
suspensos, dentre outros. Foi possível observar que o fator sazonalidade tem forte influência nos dados apresentados, o que possibilita a Agrese normatizar de forma mais abrangente nos mais diversos períodos.

Referências Bibliográficas

DUBEY, S.; G. D.; SHARMA, Y. C.; BUX. F. The occurrence of various types of disinfectant by-products
(trihalomethanes, haloacetic acids, haloacetonitrile) in drinking water. In: Disinfection By-products in
Drinking Water Detection and Treatment, Pages 371-391, 2020.Foz do Iguaçu 10 a 12 de Novembro/2021
secretaria@abar.org.br
http://congressoabar.com.br/
KWARCIAK-KOZŁOWSKA, A. Methods used for the removal of disinfection by-products from water.
In: Disinfection By-products in Drinking Water Detection and Treatment, Pages 1-2, 2020.
MEYER, S. T. O Uso de Cloro na Desinfecção de Águas, a Formação de Trihalometanos e os Riscos
Potenciais à Saúde Pública. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 10 (1): 99-110, jan/mar, 1994.
SILVA, B. H. L; MELO, M. A. B. Trihalometanos em Água Potável e Riscos de Câncer: Simulação
Usando Potencial de Interação e Transformações de Bäcklund. Quím. Nova, São Paulo, v. 38, n.3, p.
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ZARPELON, A.; RODRIGUES, E. M. Os trihalometanos na água de consumo humano, Rev. Tec.
Sanepar, São Paulo, n. 17, Jan-Jun., 2002

Área

Saneamento básico, recursos hídricos

Instituições

AGRESE - Sergipe - Brasil

Autores

JACI LIMA VILANOVA NETA, JOSÉ WELLINGTON CORRÊA LEITE, ERYSON WILKER VIEIRA PASSOS, REGINA LUANA SANTOS DE FRANÇA DO ROSÁRIO, MATHEUS RODRIGUES BISPO DA SILVA