Dados do Trabalho

Título

TENDENCIA TEMPORAL DA MORTALIDADE POR NEOPLASIA HEPATICA EM ADULTOS, NOS ESTADOS MAIS DESENVOLVIDOS DO BRASIL DE 2000 A 2019I

Fundamentação teórica/Introdução

O câncer de fígado é uma grave questão de saúde pública global, com altas taxas de mortalidade e incidência. O hepatocarcinoma é o tipo predominante, relacionado a fatores como hepatite viral e doença hepática gordurosa. Infecções pelo HBV e HCV são principais causas. Estratégias de prevenção são essenciais, embora a vacinação contra HCV seja inexistente.

Objetivos

Analisar a tendência temporal da mortalidade por neoplasia hepática em adultos nos estados da Região Sul do Brasil no período compreendido entre os anos de 2000 e 2019.

Delineamento e Métodos

Estudo ecológico de séries temporais. Analisados todos os registros referentes à mortalidade por neoplasia hepática nos estados do Sul do Brasil no período entre 2000 e 2019 extraídos de banco de dados mantido pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As taxas de mortalidade foram calculadas e padronizadas por sexo, faixa etária por sexo e estado. A tendência de mortalidade foi analisada por meio do modelo de regressão linear simples, no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 25). Considerado valor de p<0,05 para a significância estatística.

Resultados

Foi identificada uma tendência de aumento nas taxas de mortalidade por neoplasia de fígado na Região Sul (β=0,177; p<0,001). O mesmo cenário foi observado para ambos os sexos (β fem=0,490; β masculino=0,321;p<0,01). A faixa etária masculina entre 60 e 79 anos apresentou o maior incremento médio anual.Houve tendência de redução das taxas na faixa etária feminina entre 60 e 69 anos e 80 anos ou mais (p<0,05). Nos três estados, a tendência de aumento se manteve: Santa Catarina com taxa média de 11,54/100.000 habitantes, Rio Grande do Sul com taxa média de 15,53/100.000 habitantes e Paraná com taxa média de 12,53/100.000 habitantes.

Conclusões/Considerações Finais

Identificou-se um aumento nas taxas, mais notável entre homens e nas faixas etárias de 50 a 79 anos. Políticas públicas para prevenção e diagnóstico precoce são cruciais. Além disso, vacinação contra VHB e moderação no consumo de álcool são medidas eficazes para controlar os fatores de risco.

Palavras Chave

Mortalidade; Neoplasias Hepáticas; Câncer de fígado; Epidemiologia.

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