Dados do Trabalho


Título

ABORDAGEM AMBULATORIAL DE CARDIOMIOPATIA HIPERTROFICA OBSTRUTIVA: RELATO DE CASO.

Fundamentação teórica/Introdução

A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença autossomica dominante, que cursa com hipertrofia ventricular assimétrica. Apresenta variabilidade clinica, desde a assintomatologia até morte súbita e arritimias malignas. A possibilidade de segmento clinico se dá naqueles pacientes com baixo gradiente intraventricular e ausentes de sintomas refratários a terapia clínica.

Objetivos

Relatar um caso de um paciente sem história familiar para arritimias ou morte súbita, diagnosticado com cardiomiopatia hipertrofica obstrutiva e optado pelo manejo clínico para controle de sintomas. Assim, o objetivo foi analisar a relação entre frequência cardíaca (FC) e os sintomas.

Delineamento e Métodos

Por ser um relato de caso, a descrição está substituindo metodologia e resultados.

Resultados

Homem, 43 anos, ex-tabagista, ex-etilista, apresentou como primeiro sintoma dor precordial, há 7 meses, opressiva e com irradiação para membro superior direito. A ausculta apresentava sopro sistólico, ejetivo, proeminente em foco mitral (3+/6+) com irradiação para borda esternal superior direita. No eletrocardiograma haviam sinais de hipertrofia ventricular esquerda. Em cineangiocornariografia, apresentou gradiente intraventricular de 20 mmHg. Ao ecocardiograma continha disfunção diastólica do tipo III e fração de ejeção de 71%, com gradiente instantaneo de 57mmhg. Em holter, descartou-se presença de fibrilação atrial ou arritimias malignas. Em ressonãncia magnética do coração, a massa estimada da fibrose septal era de 111g (29% da massa ventricular). Ao longo de seis meses, teve três internações e quatro retornos ambulatoriais. A terapêutica inicial envolveu metoprolol 50mg/dia e enalapril 10mg/dia. Posteriormete, foi associada amiodarona 200 mg/dia e furosemida 40mg/dia, porém houve início do quadro de síncopes e valor mínimo registrado de FC, de 45 bpm, optado então pela redução da dose do metoprolol para 25mg/dia.

Conclusões/Considerações Finais

No paciente em questão, após adequação da dose do metoprolol e aumento da frequencia cardíaca, ocorreu melhora da classe funcional, sem recidiva de síncope. Paciente estratificado em HCM-RISK SCD: 6,69%, e regulado para centro de referência para implante de cardiodesfibrilador implantável, ainda não chamado. Possui opção terapeutica, Mavacamten, utilizada em pacientes sintomáticos refratários a terapia otimizada e alternativa a terapia invasiva, indisponível no sistema único de saúde. Ainda há a possibilidade de tratamento definitivo, por meio da correção da obstrução ventricular, caso refratariedade dos sintomas.

Palavras Chave

Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva; Hipertrofia ventricular assimétrica; Gradiente pressórico intraventricular; Ecocardiograma transtorácico; Cineangiocoronáriografia; Tratamento clínico otimizado; Ganho de classe funcional.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Categoria

Relato de Caso

Instituições

FACULDADE DE MEDICINA DE CATANDUVA - FAMECA - São Paulo - Brasil

Autores

VALDIR JESUS PAGOTTO JUNIOR, PEDRO TADEU MATOS DALMASO, EDSON RODRIGO ANDRETA SINHORINI