Dados do Trabalho
Título
ANALISE DE ASSOCIAÇAO DE GRAVIDADE DA COVID-19 E SEQUELAS POS-ALTA HOSPITALAR – UM SEGUIMENTO DE 3 MESES
Fundamentação teórica/Introdução
A Síndrome Pós-Aguda pela COVID-19 (PACS) tem sido objeto de crescente preocupação entre os profissionais de saúde e pesquisadores, devido à sua manifestação persistente em pacientes após a recuperação da infecção pelo coronavírus.
Objetivos
Neste estudo, buscamos investigar a prevalência, características clínicas e possíveis implicações da PACS em uma população de sobreviventes da COVID-19.
Delineamento e Métodos
Coorte observacional e prospectivo, foram avaliados pacientes diagnosticados com COVID-19 entre junho de 2020 e fevereiro de 2022, que foram previamente hospitalizados ou atendidos em ambulatórios do sistema de saúde público de Curitiba e região metropolitana. A classificação dos pacientes foi feita de acordo com os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em infecção subaguda (IS) e Síndrome Pós-Aguda pela COVID-19 (PACS). As variáveis consideradas incluíam histórico da infecção aguda, período de internamento e presença de sequelas atuais. Essas foram colocadas em uma regressão logística binária, com intuito de analisar a associação da gravidade da COVID-19 com a presença de sequelas 3 meses após a alta.
Resultados
Os resultados revelaram uma alta prevalência de PACS nessa população de sobreviventes, especialmente entre aqueles que foram hospitalizados. Presentes em 25,5% (n = 29) da população de 113 pacientes, sendo eles 16 mulheres (55,2%) com uma idade mediana de 52,69 anos. Da população total, 65,5% possuem algum tipo de comorbidade inicial, sendo diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia as mais comuns tanto entre os resultados de COVID subagudo, quanto de PACS. Os principais sintomas relatados incluíram parestesia de membros inferiores em 10 pacientes (34,5%), rouquidão em 5 (17,2%), dispneia em 17 (58,6%), tosse em 6 (20,7%) e alterações capilares em 15 (51,7%). Os resultados também apontaram para a ausência de fatores preditores consistentes para o diagnóstico de PACS, exceto o tempo decorrido entre o início do quadro agudo e a consulta ambulatorial (p = 0,050).
Conclusões/Considerações Finais
O diagnóstico de PACS está possivelmente relacionado a quadros agudos mais graves que necessitam de internação em UTIs e uso de oxigenação suplementar. Isso destaca a importância de abordar de maneira abrangente a gestão da COVID-19, abrangendo as fases aguda, pós-aguda e crônica, visando melhorar resultados clínicos e qualidade de vida dos pacientes.
Palavras Chave
COVID-19, SARS-COV-2, COVID-Longo, Síndrome Aguda Pós-COVID-19, PACS, Saúde Pública.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Instituições
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU - Paraná - Brasil, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - Paraná - Brasil
Autores
FELIPE GIARETTA OTTO, SOFIA ROVEDA BUSATO, ARIELE BARRETO HAAGSMA