Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

Fundamentação teórica/Introdução

A tuberculose (TB) representa uma das 10 principais causas de morte em todo o mundo. É causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis e geralmente afeta os pulmões (TB pulmonar), mas também pode afetar outros locais (TB extrapulmonar). Cerca de um quarto da população mundial está infectada com M. tuberculosis e, portanto, corre o risco de desenvolver a doença da tuberculose.

Objetivos

Analisar o perfil dos casos confirmados de TB na região sudeste do Brasil entre 2016 e 2022.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal e análise de série temporal envolvendo os casos confirmados de TB na população na região sudeste do Brasil. A coleta de dados foi realizada através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN, hospedado no DATASUS.

Resultados

Durante esse período, foram confirmados 292.158 casos de TB na região Sudeste do Brasil, sendo que 71,71% (n= 209.516) pertencem ao sexo masculino e 28,28% (n=82.621) ao sexo feminino, na qual a faixa etária predominante foi de 20 e 39 anos com 47,93% (n=140.052), seguida pela faixa entre 40 e 59 anos com 30,64% (n= 89.528). Os extremos de idade apresentam a menor quantidade de casos confirmados, compostos com 4.093 (1,40%) casos em maiores de 80 anos e 7.760 (2,65%) em menores de 19 anos. Em relação à forma, a TB pulmonar representa 84,51% (n=246.925), TB extrapulmonar 12,39% (n=36.215) e TB pulmonar associada a extrapulmonar 3,07% (n=8.983). Quanto aos hábitos associados aos casos confirmados, 25,23% (n=73.744) são tabagistas, 18,78% (n=54.876) são etilistas e 17,55% (n=51.300) são usuários de drogas ilícitas. Tratando-se sobre Aids e HIV, 8,40% (n=24.570) apresentam Aids e 9% (n=26.494) apresentam HIV.

Conclusões/Considerações Finais

Os dados apontam um aumento nos casos de tuberculose entre o período analisado, com prevalência do diagnóstico na faixa etária entre 20 a 39 anos e em homens. Observou-se também que cerca de 25% dos pacientes são tabagistas, 18,78% são tabagistas, 17,55% são usuários de drogas ilícitas e cerca de 8 a 9% apresentam HIV e Aids, respectivamente. A identificação do perfil epidemiológico da população mais acometida favorece o diagnóstico precoce de TB ativa e facilita a intervenção terapêutica oportuna e minimiza a transmissão comunitária.

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