Dados do Trabalho
Título
RISCOS ASSOCIADOS A AUTOADMINISTRAÇAO DE INSULINA EM IDOSOS
Fundamentação teórica/Introdução
O diabetes mellitus destaca-se na atualidade entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) devido à sua expansão e morbimortalidade, especialmente entre os idosos, que são os principais usuários de medicamentos e mais suscetíveis ao seu uso inadequado, à polifarmácia e às interações medicamentosas. No Brasil, o índice de pessoas com essa enfermidade é bastante elevado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, há mais de 13 milhões de pacientes, o que representa 6,9% da população nacional. Quando não se consegue reduzir os níveis de glicose no sangue por meio de alterações no estilo de vida ou com medicamentos orais, é recomendado o uso da insulinoterapia. No entanto, riscos estão associados caso não haja orientação adequada sobre o seu manejo.
Objetivos
Identificar os riscos associados à autoadministração de insulina em idosos atendidos em um serviço de pronto atendimento na cidade de Manaus, e as medidas preventivas orientadas pelos profissionais de saúde para auxiliar na aplicação.
Delineamento e Métodos
Estudo de caso, narrativo descritivo, prospectivo, de natureza qualitativa, caracterizado pelo acompanhamento dos casos durante o atendimento em uma unidade secundária de saúde na cidade de Manaus, Amazonas, pelos acadêmicos de medicina.
Resultados
A insulina é considerada um medicamento potencialmente perigoso devido ao risco de causar danos graves ou até mesmo fatais quando ocorre um erro na sua administração. Os principais erros na insulinoterapia são a reutilização de agulhas além do aconselhado, o armazenamento inadequado da insulina, a ausência de outra pessoa para a administração e a realização incorreta do procedimento, causando problemas de saúde que vão desde complicações simples, como vermelhidão, inchaço e coceira, até sintomas mais graves, como tontura, fraqueza, delírio, confusão, lipohipertrofia e sangramento local. Portanto, é evidenciado que o acompanhamento persistente por um profissional habilitado para a educação em saúde desse cliente e a presença de um familiar ou pessoa próxima para auxiliar são fundamentais e evitam complicações.
Conclusões/Considerações Finais
Conhecer as consequências dos erros na aplicação de insulina permite um melhor manejo pelo profissional de saúde, proporcionando orientação ao cliente e seu familiar evitando ocorrências como o efeito sommogyi - hiperglicemia ao amanhecer - , lipodistrofia - alteração no tecido subcutâneo - e superdosagens por diminuição da acuidade visual, especialmente em idosos, evitando, assim, a recusa do tratamento com insulinoterapia.
Palavras Chave
Insulina. Serviço de Pronto Atendimento. Idoso.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
universidade nilton lins - Amazonas - Brasil
Autores
CRISTINA DA SILVA ROSA, LUDYMILA LACERDA DE MELO, HALLYCYA KAROLYNA GOMES BEZERRA, JOAO HENRIQUE BATISTA DE OLIVEIRA, EDUARDO LEMOS MOTTA FILHO