Dados do Trabalho

Título

COINFECÇAO POR MENINGITE CRIPTOCOCICA E TUBERCULOSA EM PACIENTE HIV SEM DIAGNOSTICO PREVIO EM CONTEXTO DE EMERGENCIA

Fundamentação teórica/Introdução

A meningite criptocócica e meningite tuberculosa são infecções raras, presentes principalmente em pacientes imunossuprimidos por infecção por HIV. Contudo, casos de coinfecção em infecção de sistema nervoso central são poucos descritos na literatura e o manejo terapêutico e diagnóstico são altamente desafiadores em contexto de medicina de emergência.

Objetivos

Atentar para a importância de investigação de etiologias atípicas em manifestações clínicas incomuns de doenças infecciosas em sistema nervoso central e como manejar em contexto de medicina de emergência.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um relato de caso retrospectivo observacional realizado em um centro de emergência público da cidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Resultados

Paciente do sexo masculino, 27 anos, previamente hígido, procurou unidade de emergência com um quadro de cefaleia intensa, vômito, febre e rigidez de nuca com evolução de 7 dias. Foi realizada investigação para infecção no sistema nervoso central, com início precoce de antibioticoterapia empírica com ceftriaxona e aciclovir e realizada punção lombar. Realizado teste rápido para HIV mostrando resultado positivo. Sequencialmente, o paciente foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Analise de líquor foi positiva tanto no teste tinta da china, quanto para BAAR, evidenciando assim coinfecção de meningite criptocócica e meningite tuberculosa. O tratamento para a tuberculose foi iniciado em associação com a terapia antifúngica para criptococose, com boa resposta terapêutica nos meses seguintes. Em seguida, foi iniciada também terapia antirretroviral (TARV), em rede primária de saúde. O paciente foi acompanhado de perto por uma equipe multidisciplinar após alta com desfecho satisfatorio.

Conclusões/Considerações Finais

Este caso ilustra a complexidade e a importância da suspeita e rastreamento de outras infecções em pacientes com manifestações clínicas atípicas ou respostas terapêuticas inesperadas. A coinfecção oportunista por HIV e tuberculose em um paciente com meningite criptocócica demandou um manejo terapêutico abrangente e interdisciplinar, evidenciando a necessidade de abordagens integradas no cuidado desses pacientes.

Palavras Chave

criptococose, HIV, meningite criptocócica,TARV,meningite tuberculosa

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