Dados do Trabalho
Título
SINDROME DEMENCIAL E PARKINSONIANA NO POS-COVID: UM RELATO DE CASO
Fundamentação teórica/Introdução
Introdução/Fundamentos: Os impactos da pandemia da COVID-19 suscitaram muitas discussões sobre as repercussões clínicas a médio e longo prazo após a infecção pelo Sars-CoV2. A partir da análise de pacientes sobreviventes, observou-se a presença de sequelas neurocognitivas que permaneceram ou surgiram após 3 meses da recuperação da fase aguda da doença, uma condição clínica denominada Síndrome Pós-Covid (SPC).
Objetivos
Objetivos: Apresentar os resultados da avaliação clínico-funcional de um paciente que desenvolveu o parkinsonismo agudo após infecção por coronavírus, sem história familiar de Doença de Parkinson (DP) ou algum pródromo antes do quadro viral.
Delineamento e Métodos
Delineamento/Métodos: Trata-se de um relato de caso de um participante de um estudo de coorte prospectivo com pessoas idosas com SPC acompanhado entre maio de 2022 e março de 2023, com a aplicação dos testes: Estratificação de Risco Clínico-Funcional no Idoso, Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional, Escala Clínica de Fragilidade, Triagem de Sarcopenia em Idosos, Escala de Gravidade da Fadiga, Geriatric Depression Scale, Post-Traumatic Stress Disorder Checklist, Dementia Rating Scale e Dementia Screening Interview.
Resultados
Resultados/Descrição do caso clínico: Paciente de 80 anos, sexo masculino, hipertenso e cardiopata, internado por 10 dias devido a insuficiência respiratória causada pela infecção da COVID-19 em outubro de 2021. Na primeira consulta, em maio de 2022, paciente permanece com sintomas da fase aguda da COVID, principalmente dispneia e fadiga, além de nova queixa de alteração da memória, que, somados, prejudicam a realização plena das atividades de vida diárias. Em outubro de 2022, destaca-se a apresentação de tremor de membros superiores em repouso, bradicinesia, rigidez à movimentação, marcha lenta e em bloco. Foi aplicada a Escala Unificada de Avaliação para Doença de Parkinson (UPDRS), resultando no escore 60, quando foi interrogado Quadro de Síndrome Parksioniana Pós-COVID e iniciado tratamento medicamentoso. Em março de 2023, houve melhora tanto dos sintomas relativos ao parkinsonismo agudo quanto das queixas anteriores.
Conclusões/Considerações Finais
Conclusões/Considerações finais: A partir do primodiagnóstico de parkinsonismo agudo e do expressivo declínio cognitivo e funcional, questiona-se a DP como possível complicação na SPC. Entretanto, ainda há poucos estudos na literatura sobre a Síndrome Pós-Covid e a associação com a Doença de Parkinson.
Palavras Chave
Descritores: Parkinsonismo Agudo, Doença de Parkinson, Coronavírus, Pós-Covid
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais - Minas Gerais - Brasil
Autores
THAIS TIEMI MATSUI, DANIELLA CRISTINA BRITES ALMEIDA, MARCO TÚLIO GUALBERTO CINTRA, VITÓRIA LANZA LOMMEZ, FABIANA CARLA MATOS CUNHA