Dados do Trabalho


Título

OCORRÊNCIA DE FENÔMENOS TROMBOEMBÓLICOS EM PACIENTES COM COVID-19 INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Fundamentação teórica/Introdução

A pandemia do COVID-19 causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, impactou de maneira significativa a saúde global. Além dos sintomas respiratórios típicos, pacientes com
COVID-19 apresentam um maior risco de desenvolvimento de complicações tromboembólicas.

Objetivos

Descrever a taxa de eventos tromboembólicos relacionados à COVID-19 em um
Hospital Público do Estado do Pará, situado na capital Belém.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo de pacientes internados no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HCGV) com forte suspeita clínica e/ou confirmação laboratorial de infecção por Coronavírus 2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2). O estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital de Clínicas Gaspar Viana – HCGV. Foram avaliadas as variáveis que abordavam os dados sociodemográficos, fatores de risco cardiovascular pré-existentes, complicações tromboembólicas pós-infecção por COVID-19, uso de medicações (como antiagregantes plaquetários), resultado de exames laboratoriais e de imagem.

Resultados

Foram incluídos 203 pacientes na presente pesquisa, destes 83% tratavam-se de casos de COVID-
19 confirmados laboratorialmente. Observou-se predomínio de acometimento no sexo masculino (61,4%), e média de idade de 58,4 anos. Os pacientes admitidos na instituição apresentavam comorbidades prévias (87,2%), sendo as mais prevalentes: hipertensão arterial sistêmica (70,4%);
diabetes mellitus (38,4%); tabagismo (28,1%) e insuficiência renal crônica (24,6%). A média de tempo de sintomas até a internação foi de 8,7 dias, com tempo de internação médio de 15,6 dias. A taxa cumulativa de eventos tromboembólicos foi de 22,2% e as mais comuns foram,
respectivamente, trombose venosa profunda (9,4%); oclusão arterial aguda (4,9%) e tromboembolismo pulmonar (3,9%). Na presente casuística, a maioria dos pacientes foram submetidos a um tratamento medicamentoso antitrombótico (91,6%), sendo o principal o uso de heparinas (86,7%), já o tratamento cirúrgico foi realizado em 7,9% dos casos, sendo a tromboembolectomia o procedimento vascular mais realizado (50%).

Conclusões/Considerações Finais

Os pacientes que foram hospitalizados por COVID-19 foram compostos predominantemente por idosos, do gênero masculino, com múltiplas comorbidades e período prolongado de hospitalização, o que refletiu em elevada taxa cumulativa de eventos tromboembólicos.

Palavras Chave

COVID-19; Tromboembolia; Trombose Venosa Profunda.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Categoria

Trabalhos Científicos

Autores

ANA FLAVIA OLIVEIRA DE SOUZA TRINDADE, JOSE MACIEL CALDAS DOS REIS, ANNA JULIA GARCIA, VICTOR LUIGI OLIVEIRA DE FRANCO, ROBERTA RIBEIRO MATOS