Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇAO EPIDEMIOLOGICA DAS NOTIFICAÇOES DE LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO TOCANTINS ENTRE OS ANOS DE 2018 A 2022

Fundamentação teórica/Introdução

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença infecciosa que evolui de forma crônica, afetando diversos órgãos. Sua transmissão ocorre pela picada de flebotomíneos infectados, conhecidos como “mosquitos-palha”. O controle dessa zoonose é fundamental para evitar sua propagação e proteger a saúde pública.

Objetivos

Verificar prevalência da LV no estado do Tocantins entre o período de 2018 a 2022.

Delineamento e Métodos

Trata-se de estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo. Baseou-se em dados do Sistema de Informações Hospitalares no Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde, DATASUS, adquiridos em julho de 2023. Os critérios de inclusão empregados foram: pacientes notificados com leishmaniose visceral entre os anos de 2018 a 2022. As variáveis empregadas foram as seguintes: ano de notificação, faixa etária, sexo, tipos de entrada, critérios de confirmação e evolução.

Resultados

Foram avaliados um total de 777 pacientes, nos quais a faixa etária de 20 a 59 anos predominaram com 46,07%, seguida de perto pela faixa etária de 0 a 19 anos com 41,96%. Houve uma diminuição pertinente na quantidade de notificações entre 2018 e 2022, de 241 para 111, que representa uma redução de 54% comparando os dois anos. Essa queda é mais acentuada no ano de 2020, que diminuiu 35% se comparada ao ano anterior. No que tange ao sexo, o montante masculino notificado é aproximadamente 75% maior que o feminino, que é equivalente a uma proporção de incidência de 3:4 se inclinando para o lado masculino. Comparando os diversos tipos de entradas, nota-se um destaque exorbitante de “casos novos”, cerca de 91%, mas as “recidivas” figuram como um modo relevante, com cerca de 7% se comparado ao total. Quanto aos critérios de diagnóstico, o método modal é o laboratorial, sendo decisivo em 621 casos (80%), ao lado do clínico-epidemiológico com 156 casos (20%). Acerca da evolução dos casos notificados, a cura se apresenta com 76%; os óbitos por LV são 6,95% e os advindos de outra causa são 3,22%; ignorados/brancos representam 7,46%.

Conclusões/Considerações Finais

É notório a diminuição na incidência da LV, para tal formulam-se hipóteses, consistindo em subnotificação devido à pandemia de Covid-19, período em que a população receava sair de casa em busca de ajuda médica. Outra hipótese se dá em melhor implementação das medidas profiláticas. Se faz viável o aprofundamento do assunto por meio de mais pesquisas na área.

Palavras Chave

Leishmaniose Visceral, Epidemiologia, Prevalência.

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