Dados do Trabalho
Título
ADENOMA SECRETOR DE ALDOSTERONA, SINDROME DE CONN UM RELATO DE CASO
Fundamentação teórica/Introdução
O hiperaldosteronismo primário (HAP) foi descrito por Conn em 1955, trata-se de um transtorno causado pela produção autônoma de aldosterona pelo córtex adrenal, que é responsável pela síntese e liberação do hormônio aldosterona. Que, por sua vez, é responsável pelo controle da pressão arterial (PA) e pelo controle de excreção de sódio e água. Até 15% dos pacientes hipertensos podem ser portadores desta desordem, sendo mais comum em indivíduos do sexo feminino entre a terceira e a quinta década de vida. O hiperaldosteronismo primário pode aumentar o sódio corporal e diminuir as concentrações de potássio.
Objetivos
O objetivo e relatar um caso de hipertensão arterial secundária a adenoma adrenal produtor de aldosterona.
Delineamento e Métodos
Relato de caso
Resultados
Paciente feminino, 42 anos, em acompanhamento ambulatorial com nefrologia devido a (HAS) de difícil controle associado a proteinúria leve e fraqueza muscular de membros inferiores e câimbras. Com antecedente de obesidade, uma proteinúria leve, e hipertensão arterial (HAS) em tratamento com três classes de anti-hipertensivos. Mantendo níveis pressóricos fora do alvo terapêutico mesmo com medicações em dose otimizada, foi iniciado investigação de (HAS) secundaria sendo uma das hipotesis (HAP). Tendo evidencia de hipocalemia e alcalose metabólica nos exames solicitados Níveis elevados de aldosterona plasmática, com renina suprimida e relação aldosterona-renina elevada, confirmaram o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário. Foi então solicitado tomografia computadorizada de abdome evidenciou lesão tumoral com 1,9 x21,4cm em glândula suprarrenal direita sugestiva de adenoma adrenal. Paciente foi submetida a adrenalectomia, com histopatologia compatível como adenoma adrenocortical e margens cirúrgicos livres. Seis meses após a cirurgia, paciente evoluiu com normalização da calemia, porém manteve com necessidade de terapia anti-hipertensiva, sem novos picos hipertensivos e com medicações em dose reduzida.
Conclusões/Considerações Finais
O HAP é causa de hipertensão secundária, pouco lembrada frente ao paciente com hipertensão, retardando o diagnóstico e implicando em exposição a eventos cardíacos, cerebrais e renais, com redução da chance de cura da hipertensão arterial sistêmica. Estudos recentes estimam uma incidência de 5 a 10% em pacientes hipertensos, estes pacientes têm mais risco de acidentes vasculares encefálicos, insuficiência renal e infarto do miocárdio.
Palavras Chave
hipertensão arterial secundária, hiperaldosteronismo primário, sindrome de Conn
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
UNIPAR - Paraná - Brasil, UOPECCAN - Paraná - Brasil
Autores
SHEYLA EVELYN VERA QUEVEDO, WYLLIAN DE OLIVEIRA SANTOS, MONICA MICHELE ALEXANDRE, CAMILA RONCHINI MONTALVAO, SANDRA MARA OLIVEIR MARTINS AGUILAR