Dados do Trabalho
Título
DOENÇAS RENAIS TUBULO-INTERSTICIAIS: UMA ANALISE EPIDEMIOLOGICA DAS INTERNAÇOES ENTRE AS MACRORREGIOES DO BRASIL ENTRE 2012 A 2022.
Fundamentação teórica/Introdução
Introdução/Fundamentos: As Doenças Renais Túbulo Intersticiais (DRTI) apresentam anormalidades funcionais e histológicas. Tal distúrbio possui apresentação clínica heterogênea a depender do segmento tubular acometido, provocando manifestações inerentes a perda de função do segmento específico. Em casos graves, essas enfermidades podem acometer a totalidade do parênquima renal, causando disfunção glomerular e injúria renal aguda e crônica.
Objetivos
Objetivos: Caracterizar o perfil epidemiológico das internações hospitalares decorrentes de DRTI nas macrorregiões brasileiras no período de 2012 a 2022.
Delineamento e Métodos
Delineamento/Métodos: Estudo observacional, transversal, descritivo e quantitativo a partir de dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) - DATASUS. Foram analisados o número de internações, idade, sexo, taxa de mortalidade e óbitos, referentes às internações por DRTI entre as regiões brasileiras, no período de 2012 a 2022.
Resultados
Resultados: Foram observadas 831.518 internações no período de 2012 a 2022, sendo a maioria composta pelo sexo feminino (69,1%). Na última década, a região Sudeste apresentou a maior quantidade de casos, com 30,5%, enquanto que a região Centro-Oeste indicou 9,3% dos casos. Os grupos mais afetados possuíam 40 a 49 anos, com destaque para região Sudeste (30,5%) e Centro-Oeste (10%). Evidenciou-se 45% dos óbitos na Região Sudeste, em contrapartida aos 4,84% da Região Norte. O ano de 2022 demonstrou o maior quantitativo de óbitos durante o período estudado (10,1%). A taxa de mortalidade no período foi de 1,86%, sendo a menor em 2013 (1,42%) e a maior em 2021 (2,79%).
Conclusões/Considerações Finais
Conclusões/Considerações Finais: A prevalência da doença renal no Brasil ainda é incerta, estimativas populacionais revelam cerca de 1,5% de doença renal autorreferida. Apesar do melhor prognóstico de doenças renais no sexo feminino, observa-se uma significativa prevalência se comparada ao sexo masculino, em coesão ao identificado na amostra. Ademais, a Região Sudeste concentrou uma maior quantidade de casos e óbitos quando confrontada às demais, desencadeando questionamentos de que provavelmente devido à concentração de recursos humanos, estruturais e, principalmente, econômicos adjuntos de uma subnotificação oculte valores ainda mais alarmantes em outras regiões. Portanto, ainda não é possível mensurar com exatidão os impactos das DRTI no país e em sua população. Fazendo-se, assim, necessário fomentar estudos epidemiológicos nas diversas macrorregiões do país.
Palavras Chave
Doenças Renais Túbulos-Intersticiais; Hospitalizações; Epidemiologia.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Instituições
FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ - Pará - Brasil
Autores
JULIANE LUCIA GOMES DA ROCHA, LARISSA DACIER LOBATO COMESANHA, ICARO JOSE ARAUJO DE SOUZA, WANDA MARIA DE FRANÇA PIRES, JOÃO FILIPE DE SOUSA BARBOSA