Dados do Trabalho
Título
SUSPEITA DE REAÇAO DE IMUNODEFICIENCIA APOS ADMINISTRAÇAO DE 4ª DOSE DA VACINA CONTRA COVID-19 - RELATO DE CASO
Fundamentação teórica/Introdução
Introdução: As vacinas atuam estimulando o sistema imune pela ativação de linfócitos T e/ou B a partir de seus antígenos atenuados ou inativados, não sendo rara a ocorrência de reações adversas, que causam medo em parte da população por serem usadas como ratificação aos discursos anti-vacina. Apesar das reações adversas, é inegável o benefício da vacinação no controle de doenças.
Objetivos
Objetivos: Descrever um caso de reação adversa à vacina contra COVID-19 da fabricante Pfizer, reforçando a importância do reconhecimento precoce e notificação de casos suspeitos de forma a melhorar a qualidade de vida e sobrevida dos pacientes.
Delineamento e Métodos
Delineamento: Relato de caso
Resultados
Resultados/Relato de caso:
Paciente feminina, 25 anos, após administração de 4ª dose da vacina contra COVID (Pfizer) se apresentou com linfonodomegalia cervical anterior e parestesia perilabial, evoluindo para odinalgia e enantema de amígdalas, sendo diagnosticada com amigdalite bacteriana e recebido antibioticoterapia via oral. Dada a ausência de resposta, no dia seguinte retornou ao serviço, sendo receitada dose de Penicilina G Benzatina intramuscular. Posteriormente, evoluiu com lesão esbranquiçada em ápice da língua, episódios de sudorese noturna, úlcera em lábio inferior, hiperplasia, dor e sangramento gengival. Buscou atendimento odontológico e médico, sendo diagnosticada Gengivoestomatite necrosante (GUN). Foram realizados testes rápidos para HIV, sífilis, HCV e HBV, todos negativos.
Foram levantadas hipóteses diagnósticas de Herpesvírus em primoinfecção, mononucleose ou reação de imunossupressão pós aplicação da vacina Pfizer. Na ocasião, foram solicitados exames laboratoriais e notificada a suspeita de reação vacinal.
Dada a ausência de melhora da paciente, antes do resultado dos exames solicitados, esta consultou médico infectologista, que corrobora a hipótese de reação vacinal e lhe prescreveu Aciclovir com o objetivo de encurtar o período ativo do antígeno viral vacinal.
Após resultado de exames, todos dentro da normalidade, foram excluídas as hipóteses infecciosas, mantendo-se como diagnóstico final, reação adversa à vacinação.
Conclusões/Considerações Finais
Conclusão/Considerações finais: Este relato corrobora a orientação de que reações adversas moderadas a graves são raras, porém ainda devem estar dentro das hipóteses diagnósticas, e reforça o benefício da vacinação na redução da morbimortalidade por doenças infecto-contagiosas.
Palavras Chave
Descritores: vacina; COVID; Pfizer; Reação adversa; Gengivoestomatite necrosante.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
Universidade Federal de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
MONIQUE NOSCETTI MARTINS, CAIO PEREZ MORAIS DE JESUS, GABRIEL HENRIQUE SILVA MOREIRA, JOÃO PAULO DE LANES BASTOS, RENATA SCHMITZ