Dados do Trabalho

Título

OCORRENCIA DE MANIFESTAÇOES RADIOLOGICAS DE ESPONDILOARTRITES EM PACIENTES ATENDIDOS EM AMBULATORIO DE REUMATOLOGIA DE BLUMENAU, SANTA CATARINA

Fundamentação teórica/Introdução

O termo espondiloartrites (EA) engloba um conjunto interrelacionado de patologias reumatológicas com fisiopatologia e manifestações clínicas similares, como a espondilite anquilosante, artrite psoriásica e artrite enteropática. As EA manifestam-se principalmente no aparelho locomotor humano, sobretudo em coluna vertebral, quadril e joelhos, gerando limitações funcionais progressivas, artralgia crônica e deformidades radiológicas, como a sacroileíte, em doença avançada.

Objetivos

Estimar a ocorrência de manifestações radiológicas das EA nos pacientes com espondiloartrites atendidos em ambulatório de Reumatologia do Sistema Único de Saúde (SUS) de Blumenau, Santa Catarina.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal quantitativo realizado através da análise documental de prontuários de pacientes com EA atendidos em ambulatório de Reumatologia do SUS de Blumenau/SC. Buscou-se pela presença de manifestações radiológicas compatíveis com EA: sacroileíte graus 3 e 4, sindesmófitos, fusão de articulação sacroilíaca e coluna em bambu. Os pacientes foram divididos quanto à presença ou ausência de sinais radiológicos de EA em prontuário. Os dados foram tabulados, analisados e discutidos. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas de Seres Humanos da FURB.

Resultados

A amostra (n= 77) foi composta majoritariamente por homens (53,2%), idade média de 48,9 anos, tempo médio de doença de 18,4 anos e diagnóstico de espondilite anquilosante (94,8%). Alterações radiológicas compatíveis com EA estiveram presentes em 67,5% da amostra.

Conclusões/Considerações Finais

A incidência de alterações radiográficas aumenta conforme o tempo de doença. Estudos semelhantes apontam a ocorrência de achados radiográficos em 36% dos casos até 5 anos de doença e 86% para tempo de doença maior que 20 anos. Na amostra, 67,5%
apresentaram tais relações, valor próximo dos 70% estabelecido em literatura para tempo de doença de até 19 anos. Em uso de ressonância nuclear magnética, os achados podem estar presentes em até 67% daqueles com EA por menos de 3 anos, porém seu valor
elevado limita sua utilização na prática clínica, sobretudo em sistemas universais como o SUS. Esta pesquisa depende de adequados registros no prontuário médico dos pacientes, o que poderia subestimar a real ocorrência das manifestações radiológicas de EA nos pacientes analisados.

Palavras Chave

Espondiloartrites; espondiloartropatias; sacroileíte; manifestações radiológicas; reumatologia

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