Dados do Trabalho
Título
RELATO DE CASO DE FARMACODERMIA POR RIVAROXABANA EM HOSPITAL TERCIARIO DE SAO PAULO NO ANO DE 2022
Fundamentação teórica/Introdução
O tromboembolismo venoso (TEV), que se divide em trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar, é uma entidade clínica grave. Os anticoagulantes são a base do tratamento e da prevenção de recorrência. As opções medicamentosas estão em expansão, com destaque pelos novos anticoagulantes orais(NOACS), de posologia simplificada, com benefício na redução do tempo de internação. Porém também possuem efeitos adversos. Reações cutâneas constituem 2-3% dos pacientes hospitalizados, sendo causa de morbidade ambulatorial.
Objetivos
Relatar um caso de efeito adverso ao uso rivaroxabana.
Delineamento e Métodos
Trata-se de um relato de caso.
Resultados
Paciente feminina, 44 anos, tabagista 45 anos-maço, IMC 40, negava alergias prévias. Admitida em Unidade de Terapia Intensiva de hospital terciário por dispneia com presença de hipoxemia, após angiotomografia de tórax com contraste , confirmada presença de Tromboembolismo Pulmonar(TEP), iniciou-se anticoagulação plena com enoxaparina. Prescrito Rivaroxabana na alta hospitalar com 15mg de 12/12h por 21 dias; e 20mg/dia por 6 meses. No 5º dia após alta, paciente refere rash cutâneo generalizado associado à prurido e edema, mais em hemicorpo esquerdo 48h, iniciados após introdução de NOAC. Negou viagens recentes, ingesta de alimentos, contato com animais, picada de insetos nesse período.Realizada a troca de classe de anticoagulante; suspenso rivaroxabana e introduzido edoxabana 24h após associada a prescrição de corticoide oral e antihistaminico para controle de sintomatologia. Programado retorno breve para reavaliação e orientado sinais de alerta, com monitorização remota acerca de possíveis sinais de sangramento e de piora de quadro alérgico. Paciente retorna após 1 semana, com melhora dos sintomas alérgicos, iniciado desmame de corticoide e programado avaliação da dermatologia para seguimento.
Conclusões/Considerações Finais
Os novos anticoagulantes orais têm se mostrado eficazes e seguros para tratamento de TEP e/ou TVP. Contudo, há casos que será necessário a substituição de principio ativo, ou da classe medicamentosa, pesando risco beneficio ao paciente. Posto isso, a individualização de plano terapeutico e horizontalidade no cuidado são essenciais para a assistência adequada.
Palavras Chave
Tromboembolismo Pulmonar. Anticoagulantes. Efeitos adversos.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Autores
PEDRO ANTONIO BORGES MELO, ISRAELITA TIHARA DE ALMEIDA SUSSUARANA, BÁRBARA LAYS BEDIN, ARIEL GUTIERREZ DELGADILLO, LUCIANA DE CARVALHO FERNANDEZ WERDO