Dados do Trabalho


Título

FEBRE DE ORIGEM DESCONHECIDA: UMA ANALISE DAS INTERNAÇOES REALIZADAS NO BRASIL NO PERIODO DE 2017-2022

Fundamentação teórica/Introdução

A febre de origem desconhecida refere-se a uma doença febril com duração de pelo menos três semanas sem uma etiologia estabelecida, ainda que tenha sido realizado avaliação intensiva e testes diagnósticos. Ressalta-se que a maioria das doenças febris são de causas virais com resolução antes que um diagnóstico possa ser feito.

Objetivos

Avaliar a prevalência e o perfil epidemiológico dos casos de febre de origem desconhecida, no período de 2017 a 2022.

Delineamento e Métodos

Estudo ecológico descritivo a partir de dados secundários obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). A população do estudo foram todos os casos de febre de origem desconhecida no Brasil, entre janeiro 2017 e dezembro de 2022. Os dados foram coletados por meio do acesso ao Sistema de Informações sobre Internações Hospitalares (SIH/SUS) e as variáveis aplicadas e analisadas foram: Região, Ano de atendimento, Faixa etária, Sexo e Cor/raça. A análise conduzida consistiu na obtenção das frequências absolutas e relativas das variáveis e cálculo da prevalência do desfecho no Brasil com numerador compreendendo o número de internações no período e denominador a população exposta no país, com dados oriundos o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde Nº510/2016, pesquisas científicas que utilizam bancos de dados de acesso público e irrestrito, sem identificação dos participantes estão dispensadas de apreciação ética.

Resultados

Foram identificadas 33.397 internações por febre de origem desconhecida no Brasil, com uma prevalência de 0,15 internações a cada mil habitantes. Os dados evidenciaram o predomínio de hospitalizações na região sudeste (40,3%), em indivíduos de cor branca (34,4%) e do sexo masculino (54,9%). Quanto a faixa etária, as crianças com idade ≤ 4 anos (50,5%) foram as que mais internaram. Ainda, no período de 2017-2019 a média de internações por ano foi de 6.608, esse número reduziu aproximadamente 33% durante os 3 anos da pandemia de COVID-19.

Conclusões/Considerações Finais

Apesar do auxílio de exames complementares cada vez mais acurados, a febre de origem desconhecida permanece sendo um problema desafiador para os médicos. No estudo, houve uma baixa prevalência de internações no período, todavia a situação preocupante persiste, posto que essa redução ocorreu no período pandêmico e o quadro pode estar associado a COVID-19 nos últimos 3 anos.

Palavras Chave

Febre de Causa Desconhecida; Internações; Epidemiologia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

NATHYELLE MARIA DE OLIVEIRA CANDIDO, ANA ISABELA ALVES DO VALE, RENATA DOS SANTOS RABELLO