Dados do Trabalho
Título
EPIDEMIOLOGIA DOS ANEURISMAS CEREBRAIS GIGANTES
Fundamentação teórica/Introdução
Aneurismas intracranianos gigantes são dilatações arteriais que representam em média 5% dos eventos aneurismáticos cerebrais e são considerados majoritariamente quando possuem diâmetro acima de 20 mm. Por sua natureza mais complicada, muitas vezes a escolha do tratamento se baseia na terapia endovascular e possui um prognóstico favorável.
Objetivos
Analisar as características de casos de aneurismas gigantes tratados por via endovascular em um serviço de Neurocirurgia de referência.
Delineamento e Métodos
Estudo retrospectivo observacional realizado a partir de uma base de dados conforme serviço de Neurocirurgia, no período de 2005 até 2022.
Resultados
Dos 2169 pacientes analisados desde 2005 até 2022, 109 (5,02%) foram diagnosticados como aneurismas gigantes (AG>20mm). Entre esses diagnósticos de aneurismas gigantes, a grande maioria eram do sexo feminino, com 76 (69,72%) pacientes. A idade média foi de 57,17 anos (faixa etária de 14 a 91 anos). Quanto às comorbidades pregressas, HAS estava presente em 63 (57,79%) pacientes, seguida pela dislipidemia em 40 (36,69%), tabagismo em 33 (30,27%), diabetes mellitus em 12 (11,1%). A topografia mais vista foi nos segmentos da artéria carótida interna (ACI) em 40 (36,69%), seguida pela artéria carótida segmento cavernoso (cv-ACI) em 29 (26,6%), pelas artéria basilar (AB) em 20 (18,34%) e artéria comunicante posterior (ACoP) em 9 (8,25%). Quanto ao tamanho dos aneurismas, 57 (52,29%) eram menores que 30 mm, 36 (33,02%) eram maiores que 30 e menores que 40 mm e 16 (14,67%) eram maiores que 40 mm. A conformação aneurismática mais presente foi a sacular com 88 (80,73%) seguida da fusiforme com 20 (18,34%). Quanto ao número de aneurismas, situações de aneurismas isolados, foram de 77 (70,64%), 18 (16,51%) casos contaram com uma associação, 7 casos (6,42%) com duas associações e 7 (6,42%) eram múltiplos. Quanto ao sucesso da cirurgia endovascular, 107 (98,16%) casos foram bem-sucedidos. Quanto aos métodos terapêuticos, utilização individual de Coils ocorreu em 74 (67,88%) dos casos, seguido da associação entre Stents e Coils em 15 (13,76%), e o uso isolado de Stents diversores de fluxo em 11 (10,09%). Quanto às complicações, 11 (10,09%) casos de vasoespasmo, 2 (1,83%) de paresia.
Conclusões/Considerações Finais
Paciente mais típico: mulher de faixa etária 56 anos, histórico de HAS e dislipidemia, com um provável aneurisma sacular em ACI. Os resultados encontrados são compatíveis com a literatura científica.
Palavras Chave
Neurocirurgia, Hemorragia Subaracnóide, Procedimentos Endovasculares, Aneurisma Intracraniano
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Instituições
Hospital Santa Isabel - Santa Catarina - Brasil, Universidade Regional de Blumenau - Santa Catarina - Brasil
Autores
AMANDA JUNGES DERLAM, GUILHERME WANDALL, JOSÉ MIGUEL AIQUEL BELLOLIO, WALLACE MEES, LEANDRO JOSÉ HAAS