Dados do Trabalho

Título

HOMENS NO CARCERE: UM ESTUDO SOBRE A MEDICAÇAO E AS FORMAS DE ACESSO E USO DE FARMACOS NA PRISAO MASCULINA.

Fundamentação teórica/Introdução

Pessoas privadas de liberdade apresentam vulnerabilidade e condições biopsicossociais mais afetadas, o que influência negativamente a saúde, e conjuntamente às condições relacionadas ao cárcere, refletem negativamente na qualidade de vida dos aprisionados. Isso acarreta necessidade de atendimento médico-hospitalar e utilização de medicamentos para o tratamento de diversas situações clínicas, favorecendo a reações adversas como as interações medicamentosas.

Objetivos

Investigar o uso de medicamentos utilizados e estimar a prevalência de interações medicamentosas (IM) potenciais em homens privados de liberdade em uma penitenciária no Sul de Santa Catarina.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo transversal. A população participante foram homens em situação de privação de liberdade em uma penitenciária no Sul do Brasil, nos meses de março e abril de 2023. As IM foram classificadas de acordo com o risco em “menor”, “monitore de perto” e “maior”.

Resultados

Houve a participação de 160 dos 220 detentos, com predomínio de idade de 19-29 anos (39,6%), sendo que 68,4% dos participantes começaram a utilizar psicofármacos após a prisão. Do total, 71 (44,4%) apresentaram interações medicamentos. A classificação de risco "maior" somou 78 casos, sendo a associação da Carbamazepina + Clonazepam a interação mais predominante, seguida da Carbamazepina + Diazepam, e Carbamazepina + Omeprazol. Além disso, os resultados mostram mais de uma classificação de risco.

Conclusões/Considerações Finais

Os resultados dessa pesquisa evidenciam que uma porção considerável dos homens privados de liberdade estão sob risco de interações farmacológicas, na maioria dos participantes as interações concluíram em classificadas como "maior".

Palavras Chave

Saúde do Homem, Direitos Humanos, Prisões, uso de medicamentos, interação medicamentosa.

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