Dados do Trabalho
Título
DOENÇA DE ALZHEIMER: O PROGRESSO CARACTERISTICO DA PATOLOGIA MEDIANTE A UMA EVOLUÇAO ATIPICA.
Fundamentação teórica/Introdução
A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada como um transtorno neurodegenerativo associada ao acúmulo da proteína β-amilóide e hiperfosforilação da tau no sistema nervoso central, além de neuroinflamação e estresse oxidativo, sendo prevalente em idosos.
Objetivos
Relatar o caso de uma paciente com diagnóstico de Doença de Alzheimer há doze anos manifestando-se de forma atípica.
Delineamento e Métodos
Trata-se de um relato de caso baseado em um estudo prospectivo e observacional com informações de prontuário, entrevista com familiares e revisão de literatura.
Resultados
A.B.B, feminino, 79 anos, diagnosticada com DA há 12 anos. A suspeita iniciou em 2008 com sintomas de distração e perda de memória recente. O caso é considerado atípico pois, atualmente, a paciente em alguns momentos, responde verbalmente aos comandos, reconhece pessoas do seu convívio, anda com o auxílio e manifesta desejo através de gestos ou olhares, como ir à varanda ou realizar necessidades fisiológicas. A DA é classificada em três estágios. Estágio inicial: apresentam lapsos de memória, mudanças na personalidade e humor, prejuízos visuais e espaciais com independência preservada. Estágio moderado: demonstram dificuldades na verbalização, coordenação motora, agitação, insônia, estereotipias, esquecimentos, alucinações visuais e/ou auditivas, delírios e paranóias. Estágio grave: total dependência das atividades diárias, prejuízo na verbalização, podendo estar parcial ou totalmente acamado. A expectativa de vida após o diagnóstico de DA varia entre dois e dez anos, diferentemente do caso supracitado, diagnosticado há mais de doze anos, caracterizando um quadro clínico incomum, observando-se uma curta fase de comportamento agressivo, consciência preservada parcialmente e sem história familiar conhecida de doenças neurodegenerativas. A paciente, atualmente, faz uso de medicamentos otimizados para DA: memantina 10 mg, rivastigmina transdérmico 9,5 mg, e canabidiol 50 mg/ml. Familiares relatam que após introdução do canabidiol, há cerca de seis meses, obteve melhoras significativas na interação social e no curso da doença.
Conclusões/Considerações Finais
Concluir o curso de uma doença comum mas de caráter atípico com tratamento medicamentoso e melhora no desfecho. A terapia com inibidores da colinesterase e antagonistas não competitivos ao receptor N-metil-D-aspartato (NMDA) é fundamental. A associação com o canabidiol proporciona resposta terapêutica, auxiliando na qualidade de vida e curso da doença.
Palavras Chave
Doença de Alzheimer
Atípico,
Memória,
Estágios,
Canabidiol
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
Universidade Paranaense - Paraná - Brasil
Autores
BEATRIZ MANCHINI MARUJO, LARISSA LOYOLA BARBOSA, DENISE FRANQUI BELATO, WILIANY LEMOS FERRREIRA