Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇOES E OBITOS POR INFARTO CEREBRAL EM SANTA CATARINA

Fundamentação teórica/Introdução

O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) representa uma das principais causas de morte e incapacidade em adultos no Brasil. O infarto cerebral, definido pela lesão originária da hipoperfusão do tecido cerebral é, portanto, uma temática relevante ao estudo epidemiológico das populações.

Objetivos

Relatar a prevalência das internações e óbitos por infarto cerebral em Santa Catarina (SC) de 2012 a 2021.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, de abordagem quantitativa e descritiva, com dados coletados entre janeiro de 2012 e dezembro de 2021. A análise se deu pelo total de internações e óbitos por local de residência devido ao infarto cerebral em SC. A coleta de dados foi realizada através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), obtido da plataforma DATASUS.

Resultados

Do total de 8.063 internações (4.184 do sexo masculino e 3.879 do feminino) devido AVCi em SC, Lages foi o município com maior incidência, 785 (9,73%), seguida por Joinville (734) e Florianópolis (419). Com relação aos óbitos, em um total de 1.022 (492 do sexo masculino e 530 do feminino), Lages liderou com 10,86% (111), em seguida estão Joinville e Florianópolis com 75 e 44 óbitos, respectivamente. A maior taxa de mortalidade, em relação ao número de internações, dentre os três municípios, foi de Lages (14,14%). O ano com maior número de hospitalizações (1.112) e óbitos (141) foi 2017. A faixa etária com maior número de internações é de 60 a 69 anos no sexo masculino (1.214) e de 70 a 79 anos no feminino (982). Levando em consideração os óbitos, a faixa etária mais prevalente é de 70 a 79 anos nos homens (153) e mais de 80 anos nas mulheres (179).

Conclusões/Considerações Finais

Desta forma, nota-se que apesar de Lages ser o 10º maior município de Santa Catarina em relação à população, apresenta a maior incidência de internações e óbitos por AVCi, sugerindo que existe uma distribuição desigual destas ocorrências pelo estado, assim como a existência de fatores de risco mais prevalentes na região. Evidencia-se, além disso, que apesar de os homens representarem a maior parcela das internações, os óbitos são mais numerosos nas mulheres.

Palavras Chave

Prevalência; acidente vascular cerebral isquêmico; internações; óbitos.

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