Dados do Trabalho


Título

PREVALENCIA DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM PEDIATRIA NO ESTADO DO TOCANTINS ENTRE 2012 E 2022.

Fundamentação teórica/Introdução

Os Acidentes por Animais Peçonhentos (AAP) representam um importante problema de saúde pública no Brasil, apresentando maior gravidade em crianças quando comparados aos adultos. Pesquisas sobre o tema envolvendo a população pediátrica ainda são escassas na literatura. O entendimento sobre a epidemiologia regional favorece a instalação de políticas públicas preventivas e assistenciais.

Objetivos

Analisar a prevalência de AAP no Estado do Tocantins e o perfil dos acidentes que ocorreram no período de 2012 a 2022 na população de 0 a 14 anos de idade.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo-descritivo de casos notificados no Tocantins entre os anos de 2012 e 2022, utilizando dados do Ministério da Saúde, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net). Utilizou-se como variáveis: gênero, faixa etária, classificação, tempo da picada/atendimento, evolução dos casos e estações do ano que ocorreram. Os dados foram analisados através de estatística descritiva simples.

Resultados

Identificou-se 8157 casos de AAP no Tocantins até 14 anos de idade, com predomínio do gênero masculino 59,7% (4870) e da faixa etária de 10-14 anos 34,9% (2848). Os principais acidentes peçonhentos foram escorpião 28,8% (2350); serpentes 17,2% (1406); abelhas 12,8% (1042); lagartas 6,9% (560); aranhas 3,6% (298) e outros animais peçonhentos 29,6% (2418). Sobre a gravidade, 78,1% (6370) foram considerados acidentes leves; 16,7% (1366) moderados e apenas 1,6% (129) acidentes graves, não sendo identificado a gravidade do acidente em 3,6% (292). O tempo da picada até o atendimento prevaleceu de 0-1 hora em todas as faixas-etárias, sendo que 94,2% (7687) evoluíram para cura e 0,03% (03) para óbito devido ao agravo. A relação do quantitativo do acidente em relação aos meses do ano apresentou uma frequência uniforme.

Conclusões/Considerações Finais

Frente aos resultados, evidenciou-se a necessidade de uma educação continuada dos pais ou responsáveis pelas crianças, uma vez que, medidas de limpeza da área peridomiciliar tendem a minimizar os AAP, principalmente os casos de escorpionismo. Além disso, salienta-se a adequada distribuição estadual das unidades hospitalares para buscar atendimento médico inferior a 1 hora em todas as faixas-etárias. O período pesquisado representa os dados mais atuais disponíveis conforme metodologia utilizada, ressalta-se a importância desses dados para o desenvolvimento de políticas de vigilância epidemiológica.

Palavras Chave

Animais peçonhentos. Epidemiologia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Norte do Tocantins - UFNT - Tocantins - Brasil

Autores

GIOVANNA LYSSA DE MELO ROSA, RAYLAN DIAS DA SILVA, MARCELO HENRIQUE ROCHA FEITOSA, DARIO SILVA DA SILVA JUNIOR