Dados do Trabalho

Título

Hanseníase: Recidiva/reinfecção da doença em paciente previamente tratada - Um Relato de caso

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO: A Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo intracelular obrigatório de multiplicação lenta, que infecta principalmente as células de Schwann. É uma doença curável e endêmica no Brasil. A transmissão ocorre por contato íntimo e prolongado de indivíduos susceptíveis com infectados pela forma Multibacilar não tratados, por via aérea superior. O tempo de incubação é de 2 a 7 anos. As manifestações clínicas dependem das características imune do hospedeiro. O diagnóstico é clínico, a partir de uma avaliação dermatoneurológica, podendo utilizar testes subsidiários. O tratamento, pelo esquema PQT-U, depende da classificação operacional. Indivíduos Paucibacilares possuem as formas Tuberculóide ou Indeterminada, e os MB, Dimorfa ou Virchowiana, pela classificação de Madri.

Objetivos

OBJETIVO: Relatar um caso de Hanseníase previamente tratado conforme fora classificado, com posterior resolução do quadro, o qual ressurgiu após 20 anos, levantando-se a hipótese de recidiva ou reinfecção.

Delineamento e Métodos

MÉTODO: Trata-se de um relato de caso sobre suposta recidiva ou reinfecção de Hanseníase. O estudo foi realizado no âmbito de atenção primária à saúde, em Cuiabá-MT. Os dados foram obtidos através de prontuário, entrevista, exame físico e revisão literária. A paciente foi acolhida no serviço de saúde citado para seguimento terapêutico.

Resultados

RELATO DE CASO: Feminino, 45 anos, histórico de Hanseníase em 1999, tratada como PB, com resolução do quadro. Atualmente, buscou atendimento médico devido ressurgimento do sintoma de parestesia com perda sensitiva em membros inferiores. Foi investigada e concluída necessidade de novo tratamento com esquema PQT-U 12 meses e questionada possibilidade de recidiva ou reinfecção da doença, uma vez que a investigação epidemiológica não fora realizada. Ao primeiro diagnóstico, apresentava parestesia em membros superiores, baciloscopia negativa e ausência de relatos de inspeção dermatológica, sendo tratada por 6 meses. Entretanto, mesmo com o emprego da terapêutica para PB, a mesma apresentou comprometimento funcional e sensitivo nas mãos, desenvolvendo a sequela de "mão em garra”, com necessidade de procedimento cirúrgico para descompressão nervosa.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÃO: Faz-se necessário o cumprimento dos protocolos de Hanseníase para diagnóstico, tratamento e vigilância epidemiológica corretos, já que, no caso apresentado houveram possíveis falhas no processo diagnóstico/classificatório e na vigilância dos contactantes.

Palavras Chave

Palavras-chave: Hanseníase, recidiva, reinfecção, tratamento, diagnóstico.

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