Dados do Trabalho
Título
MANEJO ENDOSCOPICO DE PERFURAÇAO ESOFAGICA POR CORPO ESTRANHO IMPACTADO DEVIDO MAL FORMAÇAO DA SUBCLAVIA DIREITA.
Fundamentação teórica/Introdução
A artéria subclávia direita aberrante (ARSA) é um achado idiopático com interesse clínico, visto que pode causar compressão esofágica e consequentemente disfagia por cruzar para cima e para a direita no mediastino. Pode provocar uma síndrome chamada disfagia lusória cujos sintomas mais frequentes são: disfagia, dispneia, dor retroesternal, tosse e perda ponderal, porém esta anomalia é clinicamente assintomática em mais de 90% dos casos. A perfuração esofágica por corpo estranho é um evento raro e o tratamento dependendo da condição clínica do paciente e gravidade da perfuração, o tratamento endoscópico pode ser uma opção terapêutica quando o diagnosticado é precoce e a perfuração é pequena evitando assim procedimentos cirúrgicos.
Objetivos
O objetivo da terapêutica endoscópica é guiar a reepitelização da mucosa utilizando próteses esofágicas, endoclipe ou over-the-scope-. Ainda hoje, no Brasil, é incomum a disponibilização desse tipo de terapêutica na rede hospitalar, embora ela seja um sucesso em monoterapia ou também associado a outros procedimentos.
Delineamento e Métodos
O presente artigo trata-se de um estudo descritivo, relato de caso.
Resultados
Feminina, 60 anos de idade; depressiva; com queixa de “espinha presa na garganta”, gerando disfagia, odinofagia e hipersalivação levando a mesma ao pronto atendimento. Foi realizada endoscopia digestiva alta (EDA), sendo constatada a presença de duas perfuração puntiformes contralaterais localizadas a 22 centímetros da Arcada Dentária Superior (ADS) associado com abaulamento da parede esofágica neste ponto.
Conclusões/Considerações Finais
Foi realizado retirada da espinha de peixe utilizando pinça de corpo estranho e posteriormente se optou pelo fechamento dos dois pontos de perfuração com colocação de quatro Clipe Resolution™ | Boston Scientific. Após a EDA foi realizada Tomografia Computadorizada (TC) de região Cervical e Tórax para avaliação de possíveis complicações. Na TC de Tórax foi possível verificar os clipes endoscópicos no lúmen esofageano torácico sem formação de coleções ou pneumomediastino. Notou-se uma idiopatia do arco aórtico à esquerda, com artéria subclávia direita aberrante retroesofageana predispondo ao abaulamento da parede e à impactação do corpo estranho. Optou-se por tratamento conservador com antibioticoterapia e controle laboratorial. Paciente recebeu alta hospitalar assintomática após três dias de internação.
Palavras Chave
perfuração esofágica; endoclipe; malformação arterial
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ - Santa Catarina - Brasil, UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - Santa Catarina - Brasil, UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - Santa Catarina - Brasil
Autores
MARIANA ANTUNES AMBONI, LUCAS SILVEIRA PAEGLE, TABATHA PAEGLE BELTRÃO DE SOUZA, REBECA PAEGLE BELTRÃO DE SOUZA, ISABELLA FLASH ANTOGNOLI