Dados do Trabalho
Título
ESOFAGITE EOSINOFILICA EXACERBADA POR: RELATO DE CASO
Fundamentação teórica/Introdução
Dentre os agentes infecciosos da esofagite infecciosa, o vírus herpes simples é altamente prevalente na população adulta. A esofagite por herpes, geralmente envolve o esôfago médio a inferior e apresenta-se com múltiplas úlceras rasas com vesículas. Porém, na população com esofagite eosinofílica, questiona-se se a desnutrição e o uso crônico de corticosteroide poderiam ser fatores predisponentes. Para confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade, a endoscopia digestiva alta (EDA) com biópsia está indicada, além de complementação com a imunohistoquímica.
Objetivos
O objetivo deste trabalho é descrever a apresentação grave de um paciente com esofagite eosinofílica em que a hipótese diagnóstica do agente desencadeador foi a infecção por herpes vírus.
Delineamento e Métodos
Este relato de caso foi escrito com base nos dados coletados do prontuário e de acordo com dados levantados de artigos e diretrizes médicas.
Resultados
Paciente, 18 anos, histórico de esofagite eosinofílica, queixa-se de náuseas, êmese e dor abdominal, nega alterações dos hábitos intestinais ou febre. Foi internado no hospital com suspeita de colite, sem etiologia definida, uso prévio de metronidazol.
Na internação, referia dispepsia e epigastralgia, mantendo náuseas com vômitos escurecidos e baixa adesão de dieta via oral. Em exames laboratoriais, constatou-se leucocitose, PCR elevada, provas antígenas de hepatites virais negativas, IgG para CMV reagente, anticorpos (antiendomisio, antitransglutaminase e antigliadina) negativos, e coprocultura e coprológico funcional sem alterações. A TC apresentou espessamento das paredes do colón ascendente e transverso, porém a colonoscopia estava sem alteração. A EDA demonstrava uma esofagite severa, com mucosite sugestiva de causa infecciosa. Iniciou omeprazol em dose dobrada e sintomáticos, uso de sucrafilm, corticoterapia EV, mantido o unasyn e iniciado o fluconazol pela possibilidade de candida albicans.
Na biópsia de esôfago não há evidências de infiltrado eosinofílico, e apresenta inclusões celulares sugestivos de infecção por herpes vírus; com isso, foi suspenso o fluconazol e iniciado a terapia com aciclovir, juntamente com a ivermectina e albendazol para profilaxia.
Conclusões/Considerações Finais
Neste relato de caso, observa-se um caso atípico de apresentação de esofagite grave, visto que ao ser feito o exame anatomopatológico, foi sugestivo a infecção por herpes vírus, porém no estudo imunohistoquímico não demonstrou a presença do mesmo.
Palavras Chave
Herpes, esofagite, eosinofilos
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
Universidade do Sul de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil
Autores
ANNA SOPHIA SCHWEITZER HERMES ROSA, GABRIELLE CRISTINA RAIMUNDO, JOANA WAGNER SCHURY, LILIAN VOLPATO LEGAT, MARIANGES ZADROZNY GOUVÊA DA COSTA