Dados do Trabalho

Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM SAO PAULO ENTRE 2016 E 2022

Fundamentação teórica/Introdução

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica classificada como uma das principais causas de internações hospitalares e mortalidade no mundo. Dados de 2011 da Secretaria de Estado da Saúde, apontam que, em média, 106 pessoas são internadas por dia em hospitais públicos do Estado de São Paulo com AVC.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico das internações de pacientes por AVC no estado de São Paulo.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo, e de análise de série temporal envolvendo internações por AVC em São Paulo entre 2016 e 2022. Os dados foram coletados através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH/SUS, disponibilizado pelo DATASUS. Como critério de desfecho foi definido o CID-10 I64. As variáveis foram: número bruto de internação; óbitos; faixa etária; ano de processamento; cor/raça e sexo.

Resultados

Nesse período, ocorreram 297.693 internações por AVC em São Paulo, correspondente a 21,01% das internações no Brasil. Houve um aumento de 18,28% (n=7.296) no número de internações e de 14,05% (n=936) no número de óbitos. O número de internações do sexo masculino corresponde a 53,05% (n=157.927) e o sexo feminino é representado por 46,94% (n=139.766). A maioria das internações foi de pacientes entre 60 e 79 anos, com 155.567 (52,25%), entretanto os óbitos se concentram na população com mais de 70 anos (57,03%; n=25.137). A população branca teve o maior número de internações (n=159.742; 53,65%), seguida pela população parda com 22,86% (n=68.059). O mesmo é observado nos óbitos, a população branca cursou com a maior concentração (n=23.749; 53,88%), seguida pela população parda (n=10.284; 23,25%). Quanto à taxa de mortalidade, a população amarela apresenta a maior taxa de mortalidade (16,11).

Conclusões/Considerações Finais

O alto índice de internação hospitalar foi evidente em pacientes com mais de 60 anos, principalmente do sexo masculino. As internações e óbitos se concentram na população entre 60 e 79 anos e com mais de 70 anos, respectivamente. A população branca prevalece quanto ao número de internações e óbitos na região, porém a população amarela apresenta a maior taxa de mortalidade. Conhecer os aspectos epidemiológicos da população acerca dessa condição com alto nível de morbimortalidade, auxilia o desempenho clínico das equipes de saúde e a formulação de ações preventivas sobre os fatores de risco modificáveis que podem alterar o curso da doença.

Arquivos