Dados do Trabalho
Título
EFEITOS PROTETORES DE MYRCIA SPLENDENS (SW.) DC EM UM MODELO ANIMAL DE DIABETES TIPO 1 INDUZIDO POR ALOXANA
Fundamentação teórica/Introdução
Introdução: O diabetes tipo I (DMI) representa o distúrbio endócrino crônico mais comum em crianças, resultado de danos autoimunes às células beta pancreáticas, o que leva a deficiência total de insulina. Nesse sentido, o tratamento fundamenta-se em exercícios físicos, nutrição adequada e utilização de insulina, a fim de evitar o aparecimento progressivo de complicações diabéticas, como a nefropatia. A hiperglicemia causa estresse oxidativo através da formação de radicais livres e alterações nas defesas antioxidantes, contribuindo para o dano oxidativo em vários órgãos.
Objetivos
Objetivo: Verificar os efeitos da administração crônica do extrato acetato de etila (EAE), adquirido através das folhas de Myrcia splendens, sobre as alterações causadas pelo DMI, induzido pela administração de aloxana, sobre a hiperglicemia e o estresse oxidativo nos rins de ratos.
Delineamento e Métodos
Delineamento e métodos: Os animais receberam injeção de aloxana (150 mg/kg) ou água, por via intraperitoneal. Após a indução de DMI, os animais receberam EAE (25, 50, 100 ou 150 mg/kg) ou água, via gavagem, por 15 dias. Ao final do tratamento, os animais foram sacrificados, o sangue foi coletado e os rins removidos, para posterior determinação da glicose, substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS), teor de carbonilas total e atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade da Região de Joinville (CEUA 011/2017).
Resultados
Resultados: Os resultados mostraram que a administração de aloxana causou hiperglicemia e que o EAE reverteu parcialmente a hiperglicemia. O modelo de DMI aumentou os níveis de TBA-RS, o teor de proteínas carboniladas e a atividade da SOD e da GSH-Px em rim de ratos, porém não apresentou alterações no teor de sulfidrilas totais e em CAT. Além disso, o tratamento com EAE (100 e 150 mg/kg) reverteu o aumento de TBA-RS e do conteúdo de carbonilas, bem como as alterações na atividade das enzimas SOD e GSH-Px (150mg/kg) causadas pelo diabetes.
Conclusões/Considerações Finais
Conclusão: A administração crônica de EAE apresenta efeito hipoglicemiante e significativa capacidade antioxidante que se devem, sobretudo, à presença de compostos fenólicos presentes no extrato.
Palavras Chave
Myrtaceae; Diabetes mellitus tipo 1; estresse oxidativo; rins.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Autores
HELOIZA CRUZ DE OLIVEIRA, GUSTAVO HENRIQUE ALVES MAGNAGUAGNO, GABRIEL CAVALHEIRO LESSACK, DANIELA DELWING-DE LIMA, DÉBORA DELWING-DAL MAGRO