Dados do Trabalho
Título
SARCOMA DE KAPOSI EM PACIENTE DO SEXO FEMININO: RELATO DE CASO
Fundamentação teórica/Introdução
O Sarcoma de Kaposi é um câncer de células dos vasos sanguíneos, reconhecido como uma das primeiras doenças oportunistas relacionada com a infecção pelo HIV. Apresenta-se como tumores vinhosos, geralmente elevados, sendo a pele o local mais acometido, com característica de lesões infiltradas na pele. Alguns casos, porém, é precedido por lesões viscerais, orais ou ganglionares ou ainda, não há comprometimento cutâneo. O SK cutâneo tem preferência de distribuição para cabeça, pescoço e tronco e pode variar em número. Um dos maiores desafios do SK é seu tratamento, geralmente baseado na extensão da doença, porém sua terapia ideal ainda não foi determinada. As opções incluem quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, drogas antivirais, cessação da terapia imunossupressora em pacientes imunossuprimidos iatrogenicamente, remoção cirúrgica, cirurgia à laser e até a não intervenção em alguns casos.
Objetivos
Discorrer um caso de SK em uma paciente do sexo feminino associado a HIV+.
Delineamento e Métodos
Coleta de dados em consulta e prontuário da paciente.
Resultados
S. A. T. P., 55 anos, viúva. Evidências de emagrecimento, diarreia, lesão de pele nasal e em outra parte do corpo que estava sendo tratada como micose, HIV+. Paciente relata ter uma tatuagem há mais de 40 anos, nega uso de drogas e cirurgias, sem contato sexual a 3 anos, tabagista, também relata menopausa e dois filhos. Regular estado geral, emagrecida, corada, monilíase oral, adenopatias (micropoliadenopatias) difusas, lesão nasal violácea bem característica, lesões no lado esquerdo do pescoço e no tórax também violáceas, nenhuma alteração cardíaca ou pulmonar, paciente apresenta abdome escavado. A paciente faz acompanhamento de HIV/AIDS e segue com o uso de antirretrovirais (DTG/3TC+TDF), fluconazol e profilaxia para doenças oportunistas. Foi encaminhada para avaliação dermatológica das lesões de SK e, a partir disso, iniciou tratamento com quimioterapia.
Conclusões/Considerações Finais
Conclui-se que é de extrema importância o conhecimento médico para identificação e tratamento precoce do SK. Com novos métodos diagnósticos e melhora no tratamento, pode-se evitar a progressão da neoplasia e suas complicações, trazendo expectativa e qualidade de vida para o paciente. O tratamento para o SK com quimioterapia é eficaz em mais de 50% dos pacientes tratados. Além disso, o acompanhamento médico é de grande relevância para avaliar a necessidade de interromper a quimioterapia, quando há aumento de tumor em tamanho e quantidade, ou se deve ser reiniciada, quando há piora da doença.
Palavras Chave
Sarcoma de Kaposi; sexo feminino; HIV+; antirretrovirais; quimioterapia.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
Universidade Paranaense - Paraná - Brasil
Autores
KARINA DETOFOL, MILENA SOUZA MELO, RICARDO DELFINI PERCI, RAPHAEL CHALBAUD BISCAIA HARTMANN, NELTON ANDERSON BESPALEZ CORREA