15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

HIPERBILIRRUBINEMIA SEM FOCO ESCLARECIDO

Introdução/Fundamentos

A realização deste trabalho deflagrou-se devido à hiperbilirrubinemia sem causa aparente.

Objetivos

Acompanhar alterações que podem causar hiperbilirrubinemia e investigação diagnóstica.

Caso

C.A., 33 anos, masculino, natural de Manacapuru. Queixou-se de epigastralgia, diarreia líquida sem sangue, muco e restos alimentares. Relata tratamento prévio para TB com coxcip não finalizado. Nega DM, HAS e alergias. Nega tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas. Ao exame, BEG, LOTE, hidratado, acianótico, afebril, ictérico 4+/4. AP: MVF S/RA e AC: RCR 2T BNF S/S. MMI: s/ edemas e panturrilhas livres. Abdome plano, indolor a palpação, fígado não palpável, RH+. Sorologias Anti-HIV e Anti-HCV, HbsAg não reagentes, Hemograma e função renal normais, BT:19,55mg/dL, BD:11,82mg/dL, BI:7,73mg/dL, DHL:657U/l, FAL:434IU/l, TGO:1140IU/l, TGP:1403IU/l, GGT:99IU/l, TAP:20,4. Internado após resultados evoluiu com rebaixamento de consciência, hipogastralgia, disúria, colúria, clínica para ITU, acolia fecal, prurido generalizado causado pela hiperbilirrubinemia e uma síndrome endemigênica. Prescrito tramadol para hipogastralgia, ceftriaxona para sintomas urinários, vitamina K, distúrbio de coagulação e, hidratação venosa, episódios de diarréia. Seu estado variou entre REG e BEG, sem melhora da icterícia com abdome doloroso a palpação.

Conclusões/Considerações finais

Aumento de BT, BD e BI e FAL, TAP, VHS, CKMB, DHL e PCR elevados, EAS com bacteriúria, CKMB:54U/L, DHL:667 U/L, PCR:12mg/dL, αfetoproteina:50,1UI/mL, G6PD reduzido, MRCP com sinal indicativo de injúria renal, RMN apresentando edema parietal difuso, EDA:gastropatia hipertensiva portal leve. No último exame, o paciente continua com hiperbilirrubinemia à custa de direta, BT:24,8mg/dL, BD:14,38mg/dL, BI:10,42mg/dL, há melhora da função hepática, TGO:103IU/l, TGP:136IU/l e GGT:49IU/l, mas persistem alterações no TAP:18. Sem diagnóstico, realizou αfetoproteína com suspeita de neoplasia que apresentou alteração e MRCP com sinal de injúria renal, RMN vesícula biliar com distensão habitual, apresentando edema parietal difuso que pode estar relacionado ao processo inflamatório hepático ou sistêmico, levantando suspeita de colangite biliar primária, doença autoimune caracterizada pela destruição dos ductos biliares, com sinais de colestase. Conforme evolução encontra-se em leito, contactuante, todavia, apresenta hiperbilirrubinemia e astenia, aguardando resultado da biópsia.

Palavras-chave

Hiperbilirrubinemia; icterícia; diarreia; disúria; colúria; neoplasia; endemigênica; sorologia; contactuante;

Área

Clínica Médica

Instituições

FAMETRO - Amazonas - Brasil

Autores

ANNE KATLEN DAMASCENO UCHOA THOME, RAFAELA XAUD RODRIGUES, RAINE COELHO QUEIROZ, PEDRO LINS, GUILHERME PERES, MARIANA ANDRADE