15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

DISPOSITIVO DE ASSISTÊNCIA CIRCULATORIA MECANICA IMPELLA® EM ANGIOPLASTIA COMPLEXA E DE ALTO RISCO: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

Os desenvolvimentos na cardiologia intervencionista cresceram na última década, colocando novos dispositivos a disposição dos intervencionistas. Assim, as ICP passaram a ser aplicadas em pacientes mais idosos, com maiores comorbidades e doenças de alta complexidade1. Nesse cenário, dispositivos de assistência circulatória mecânica (DACM) são utilizados como adjuntos à ICP. Dentre os DACM, destaca-se o Impella®: uma bomba de fluxo axial contínuo, que aspira sangue do ventrículo esquerdo para a aorta, permitindo fluxos de até 5L/min.

Objetivos

Descrever o uso de dispositivos de assistência circulatória mecânica em angioplastia

Caso

R. L., masculino, 70 anos, atendido em 02/2018 com dispneia e dor anginosa aos esforços habituais, com 6 meses de evolução. Na ocasião, cintilografia miocárdica mostrava isquemia moderada em parede anterior e ecocardiograma função ventricular preservada. Submetido a cateterismo cardíaco (CAT), que demonstrou oclusão crônica de A. Descendente Anterior (ADA) na origem, com colaterais de A. Coronária Direita (ACD). Diante da complexidade anatômica, optado por tratamento cirúrgico (04/2018). Ao retorno gradual da atividades, paciente referia retorno dos sintomas anginosos. Nova cintilografia mostrou piora da isquemia documentada no exame anterior. Realizado CAT, demonstrando oclusão do enxerto (mamária interna esquerda para ADA). Diante da maior morbimortalidade da reoperação, optou-se por tentativa recanalização da oclusão crônica através de intervenção coronária percutânea (ICP). Considerando nova disfunção ventricular e risco de instabilização durante o procedimento altamente complexo, optou-se pelo suporte circulatório com Impella®. Com suporte de até 5 L/min, foi possível a recanalização anterógrada com injeções simultâneas em ACD, mantendo-se estabilidade durante todo o procedimento. No seguimento de 5 meses, o paciente encontra-se assintomático.

Conclusões/Considerações finais

Apesar de pouco utilizados, os DACMS representam uma camada extra de segurança para procedimentos complexos e de alto risco. Infelizmente, os custos são elevados e a disponibilidade limitada restringem seu uso

Palavras-chave

Assistência Circulatória Percutânea; Angioplastia

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdades Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil

Autores

Lucas Palma Nunes, Wilton Francisco Gomes, Paula Greghi Pascutti, Leonardo Martello Lobo, Evelyn Carolina Duquebski Dib, Rafael luis Marchetti