15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Dissecção de aorta tipo A de Stanford crônica: Relato de caso

Introdução/Fundamentos

A dissecção da aorta (DA) é uma doença potencialmente fatal, que requer avaliação e tratamento imediatos. Pode ser classificada em Stanford tipo A, quando o trato aórtico torácico ascendente e/ou a arcada estão envolvidos, ou tipo B, quando não envolve a aorta ascendente. Classicamente, a DA apresenta um início abrupto de dor excruciante no tórax, dorso ou abdome, e a depender da gravidade, pode haver reflexos vagais, como síncope e vômito

Objetivos

Observar tipo de A de dissecção de Aorta

Caso

Homem, 37 anos, sem antecedentes de hipertensão, tabagismo, uso de drogas ilícitas, vasculites, doenças de degeneração cística ou trauma torácico, vinha evoluindo há dez meses com dispneia paroxística noturna e emagrecimento devido a vômitos recorrentes. Foi feito um ecocardiograma, que mostrou hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo, hipertensão pulmonar importante (PSAP = 81 mmHg), insuficiência aórtica (IAo) severa e DA ascendente. Devido a este achado, foi realizada uma angiotomografia, em junho de 2017, que evidenciou DA de toda a aorta torácica, tipo A de Stanford, e dilatação aneurismática da junção sinotubular, além de IAo grave. Apesar da indicação de tratamento cirúrgico imediato, não foi possível sua realização por dificuldades financeiras, e em março de 2018, o paciente foi admitido em Unidade de Pronto Atendimento com dispneia e dor torácica súbita de moderada intensidade, sendo internado em serviço hospitalar especializado em cardiologia. O exame físico mostrou ausculta cardíaca hiperfonética com sopro sistólico em focos aórtico e pulmonar, pressão arterial significantemente diferenciada entre os membros superiores e edema de membros inferiores. O eletrocardiograma destacou sinais de sobrecarga atrioventricular esquerda, e um novo ecocardiograma, disfunção diastólica tipo I, insuficiência mitral e aórtica importante e tricúspide moderada, derrame pleural bilateral e grande dilatação em veia cava inferior, além das alterações anteriormente vistas. O paciente aguarda cirurgia sem queixas clínicas ou hemodinâmicas.

Conclusões/Considerações finais

A DA é uma emergência médica, cujo reconhecimento e manejo rápidos influenciam no desfecho do paciente. É importante destacar que, na Medicina, há possibilidade de desenvolvimento de quadros que destoam do convencional, devendo-se individualizar toda conduta a ser feita. Apesar de ser uma patologia potencialmente fatal, principalmente em indivíduos mais jovens, o paciente não apresentava fatores de risco, e o seu quadro clínico permanece estável.

Palavras-chave

Dissecção. Aorta.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de medicina nova esperança - Paraíba - Brasil

Autores

Clarice Maria Brito Silva de lucena, Rayanne Kaline Neves Dantas , Carolina Cabral de Carvalho , Bruno Henrique Arruda de Paula, Jennifer Kathelen Lima Alexandre, Ivson Cartaxo Braga