15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

IMPACTO FINANCEIRO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO BRASIL: ESTUDO DOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Fundamentação/Introdução

A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica na qual o coração não consegue bombear o sangue de maneira que atenda às necessidades metabólicas. Mantém-se como patologia grave e como a primeira causa de internação hospitalar em pacientes acima de 60 anos de idade no Brasil.

Objetivos

Analisar o panorama da IC, observando a média de permanência e o custo de internação hospitalar, com a finalidade de buscar estratégias que possam prevenir tais situações.

Delineamento e Métodos

Estudo epidemiológico descritivo com bases nos dados coletados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) com informações colhidas no período entre março de 2009 a março de 2019, sendo associado à pesquisa bibliográfica nas bases SCIELO, PUBMED e MEDLINE.

Resultados

Houve um total de 2.347.949 internações referentes à IC, sendo que a Região Sudeste foi a que apresentou o maior número de internações com 979.603 (41,7%), seguido pela Região Nordeste (556.803; 23,7%) e pela Região Sul (514.606; 21,9%). A com menor número de internações foi a Região Norte (123.152; 5,2%). A média de dias de internação foi de 7 no total de todas as regiões. A que demonstrou maior número de dias foi a Região Sudeste com 7,3 dias e com uma média de 1.452,12 reais por internação, após a região Norte com 7,3 dias e 1.242,51 reais, Região Nordeste com 6,9 dias e 1.209,02 reais, Região Centro-Oeste com 6,7 dias e 1.558,49 reais e a Região Sul com uma média de 6 dias de internação e média de 1.341,57 reais por internação. O valor médio por internação dentre as 5 regiões foi de 1.367,12. O custo total dessas internações foi de 3.209.922.740,30 reais, em que a Região Sudeste apresentou o maior valor dispendido (1.422.497.920,24 reais; 44,3% do total), logo após a Região Sul (690.379.639,87; 21,5%), Região Nordeste (673.184.721,17; 21%), Região Centro-Oeste (270.842.695,62; 8,4%) e, por fim, a Região Norte (153.017.763,40; 4,7%).

Conclusões/Considerações finais

Observa-se que o elevado valor dispendido pelo SUS está presente em todo país, sendo os mais elevados na região Sudeste seguida pela região Sul. Contudo, o maior valor médio por internação foi a região Centro-Oeste, a qual permanece acima da média das demais regiões. Com relação a permanência hospitalar, as regiões Sudeste e Norte apresentaram duração acima das demais regiões. Sugere-se, assim, a necessidade de mais estudos e análises para que as causas dessas diferenças entre as regiões possam ser mais bem esclarecidas.

Palavras-chave

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, IMPACTO FINANCEIRO, 10 ANOS

Área

Clínica Médica

Autores

Victória Satiagraha Soriano, Caroline Gimenez Covatti, Aline da Costa Gobbi, Maria Eduarda Lemes da Silva, Andrezza Mezzalira, Marina Mees Kuster