15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE COQUELUCHE NO ESTADO DE ALAGOAS DE 2010-2019

Fundamentação/Introdução

A Coqueluche, também conhecida como “tosse comprida”, é uma doença grave do trato respiratório humano, contagiosa, causada Bordetella pertussis. Sua transmissão ocorre a partir do contato com a pessoa infectada, por meio de gotículas da orofaringe que podem ser eliminadas pelo espirro, ao falar ou ao tossir. Acomete crianças e adultos de qualquer idade. Contudo, apresenta maior gravidade em crianças menores de 6 meses de vida, sendo uma das principais causas de mortalidade infantil. Os principais sintomas são tosse paroxística, guincho inspiratório e/ou vômito após tosse. O número de casos no país diminuiu significativamente com a introdução e a ampliação das coberturas das vacinas tríplice bacteriana e tetravalente nos anos de 1990.No entanto, em meados de 2011, observou-se um aumento súbito e inexplicável do número de casos da doença e as possíveis hipóteses que podem explicar esse aumento ainda estão sendo investigadas.

Objetivos

Tem-se como objetivo analisar a incidência dos casos de Coqueluche no estado de Alagoas no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2019, buscando compreender o atual panorama em que se encontra o estado para que dentro desse contexto a equipe de saúde avente a possibilidade da doença frente a um paciente com as características clínicas atribuídas à enfermidade.

Delineamento e Métodos

Trata-se de estudo observacional, longitudinal, retrospectivo e descritivo, realizado a partir da análise de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN NET). Serão estudados todos os casos que apresentaram sinais e/ou sintomas de coqueluche notificados nos municípios de Alagoas, ocorridos no período de 2010 a janeiro de 2019.

Resultados

A análise dos dados revelou um total de 614 casos em 77 municípios, sendo a maior parte dos casos na capital alagoana Maceió, 217 casos, seguida por Santana do Mundaú com 31, Palestina com 32, Arapiraca com 22 e Marechal Deodoro com 18.

Conclusões/Considerações finais

Este estudo de dados não inclui os 102 municípios, porque 25 deles não apareceram nas estatísticas consultadas, o que corrobora ao fato de possivelmente serem municípios silenciosos. Podemos verificar que os municípios mais afetados pela doença, possuem continuidade territorial com os demais, corroborando a característica rapidamente contagiosa da doença o que requer em um diagnóstico precoce, além da notificação, para que a mesma possa ter um tratamento adequado e um desfecho clínico favorável.

Palavras-chave

COQUELUCHE, TOSSE, EPIDEMIOLOGIA

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil

Autores

KAROLYNE SANNY BARROS ARAUJO, Dhayse Santos Freitas , Any Caroline da Silva Alves , Elivia Carneiro Muniz, Vera Nascimento Gomes Victória, Ivana Florence Pepe Pita