15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Cenário epidemiológico da dengue em área endêmica para arboviroses

Fundamentação/Introdução

Em meio ao clima tropical e condições propícias para vetores, a ocorrência de arboviroses é um problema de saúde pública na região Norte. Nesse sentido, há um destaque importante para a dengue, que muitas vezes é diagnosticada erroneamente em virtude de quadros com miscelânea de sintomas. Diante disso, o conhecimento das principais variáveis epidemiológicas da dengue pode propiciar ao profissional de saúde embasamento para critérios clínicos epidemiológicos.

Objetivos

Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de dengue no estado de Roraima entre os anos de 2014 a 2017.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, de caráter quantitativo, o qual utilizou como fonte de dados o sistema de informação em saúde DATASUS e revisão bibliográfica nas bases de dados SciELO, MEDLINE/PubMed e LILACS.

Resultados

Na pesquisa realizada entre os anos de 2014 e 2017 ocorreram 2.729 casos de dengue no estado de Roraima. Os anos com maior e menor número de notificações foram, respectivamente, 2014 e 2016. Do número total de casos, 2.703 deles (99,04%) tiveram ficha de notificação com preenchimento em branco na categoria sorotipo. Dentre os casos que foram classificados, houve 8 casos de dengue tipo 1, 3 casos de dengue tipo 2 e 3, além de 12 de dengue tipo 4. Vale ressaltar, ainda, que Roraima foi porta de entrada do sorotipo 4 no país. Quanto aos critérios diagnósticos, 42,43% dos casos foram diagnosticados laboratorialmente, enquanto 39,42% foram notificados seguindo critérios clínicos epidemiológicos. Com relação ao gênero das vítimas, 47,08% dos eventos ocorreram em homens e 52,72% em mulheres. No que diz respeito a cor/raça os pardos foram os mais acometidos (75,81%), seguidos dos brancos (10,88%) e indígenas (3,26%). Os negros (1,94%) e amarelos (0,36%) foram os que apresentaram menor destaque, além disso 211 casos (7,7%) possuíam esta informação em branco.

Conclusões/Considerações finais

Conhecer o perfil dos acometidos pela dengue mostra-se como uma ferramenta para intervenção. Ainda que haja notificação compulsória, é suposto que haja grande subnotificação, seja por déficits dos profissionais de saúde ou pelo quadro clínico muitas vezes inespecífico. Tal fator pode acarretar empecilhos para vigilância epidemiológica da região e para o desenvolvimento de políticas especificas para prevenção da doença.

Palavras-chave

Epidemiologia; Arbovirose; Dengue; Saúde pública;

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Roraima - UFRR - Roraima - Brasil

Autores

Larissa Soares Cardoso, Juliana Larissa Lauriano Ramos, Kim Tavares Mesquita, Geovanna Ferreira Silva, Herbert Iago Feitosa da Fonsêca