15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Análise dos casos de Meningites Agudas atendidas no Pronto Socorro de Hospital referência de Uberlândia/MG

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: As meningites cursam com elevada morbimortalidade. O diagnóstico precoce e o conhecimento da epidemiologia local influenciam no prognóstico.

Objetivos

Objetivos: Analisar os casos de meningites atendidos no Hospital das Clínicas de Uberlândia.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, quanti/qualitativo, de 173 casos de meningites, atendidos entre janeiro/2010 e dezembro/2018, conforme idade, sexo, apresentação clínica, laboratorial, comorbidades, tratamento e evolução. Ainda, comparamos os resultados com um estudo prévio de 224 casos da mesma unidade, entre janeiro/2000 a dezembro/2010.

Resultados

Resultados/Discussão: Dentre os 173 casos, 26% eram adultos e 74% crianças; 54,4% eram bacterianas (66% dessas, em crianças). Streptococcus pneumoniae; Klebsiella pneumoniae e Acinetobacter baumannii foram os agentes mais identificados entre adultos. Nesse grupo, 12 foram comunitárias e 20 hospitalares. Já entre as crianças, Streptococcus pneumoniae; Neisseria meningitides e Escherichia coli foram os principais agentes. A tríade clássica (cefaleia, rigidez de nuca, febre) foi encontrada somente em 15,5% dos
adultos; 64,4% tinham comorbidades, com mortalidade de 22,2%, porém nenhum óbito foi diretamente atribuído à meningite. Desses, 8,8% evoluíram com sequelas. No grupo infantil, a mortalidade foi de 3,1%. De 2000 a 2010, entre as bacterianas (58%), 55% eram crianças. Streptococcus pneumoniae; Streptococcus viridans; Haemophilus influenzae; Acinetobacter baumanii foram as mais identificadas e teve-se 7,5% de mortalidade, com 10,7% de sequelas.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões: Meningites agudas ainda são causas comuns de atendimento em unidades de emergência e com alta morbimortalidade, mesmo com a profilaxia disponível na atualidade. A tríade clínica clássica foi observada na minoria dos casos, requerendo atenção para que não haja atraso no diagnóstico. Observamos redução da morbimortalidade, porém sem mudanças epidemiológicas entre os dois períodos. Streptococcus pneumoniae permanece o agente mais comum e, as crianças, o grupo mais acometido, indicando necessidade de melhor cobertura vacinal na rede pública e direcionamento de ações preventivas.

Palavras-chave

Meningites bacterianas; meningite viral; serviços médicos de emergência.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais - Brasil

Autores

Vanessa Carolynne Aparecida Carvalho, Guilherme Marra Leal, Thaís Melo Baccega, Julia Ferreira Alves, Clara Regina Silva Barbosa, Aercio Sebastião Borges